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Otan assume comando militar de operações na Líbia

O Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) afirmou neste domingo (27) que concorda em assumir o controle das operações militares que aplicam as resoluções da ONU na Líbia. O secretário geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que a transferência de poder ocorreria “imediatamente”.

Até agora, a Otan vinha executava apenas o bloqueio de armas contra a Líbia e patrulhar a zona de exclusão aérea, mas passará a controlar todos os aspectos da campanha aérea. O anúncio do domingo foi feito após uma reaunião na sede da Otan, em Bruxelas.

Os EUA vinham pressionando os seus aliados europeus a aceitarem o "comando" das operações militares no país, feitos até o momento por uma coalizão formada após a resolução da ONU, aprovada alegadamente para a proteção da população civil líbia. A razão evidente é a financeira, pois agora o ônus é da Otan.

Há oito dias a coalizão liderada pelos Estados Unidos atinge o exército líbio, favorecendo as forças de sedição, que lutam há mais de um mês contra as forças armadas do governo de Muamar Kadafi. Os rebeldes continuam a avançar e conquistar pontos estratégicos do país.

O anúncio da Otan ocorre após uma semana de divisão entre seus integrantes, com a Turquia e a França, em particular, discordando da forma como o instrumento militar do imperialismo deveria agir.

O governo francês desejava manter o controle das operações com a coalizão, temerosa de provocar reações fortes na comunidade árabe caso a Otan assumisse o comando. A Turquia denunciava que os bombardeios estavam indo além das atribuições dadas pela resolução da ONU. Itália e a Noruega ameaçaram não colaborar militarmente a menos que o comando militar fosse definido.

Com agências