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Agência S&P pressiona pelo ajuste fiscal e ameaça rebaixar Brasil

A diretora-executiva da Standard & Poor's do Brasil, Milena Zaniboni, disse nesta terça-feira, 29, que, caso o Brasil não cumpra a meta de superávit primário deste ano, equivalente a 2,9% do PIB, "pode haver rebaixamento" da perspectiva ou da nota de classificação de risco do país.
A afirmação traduz uma pressão da agência para que o governo realize o programa de cortes fiscais e é reveladora sobre quem está interessado neste tipo de política. As agências de classificação de risco têm um comportamento controverso, associado aos interesses das grandes potências capitalistas e em primeiro lugar dos EUA.

As notas que atribuem aos diferentes países é usada pelos credores como parâmetro para definir as taxas de juros que devem ser cobradas nos empréstimos concedidos a empresas ou ao governo do país em questão. São uma peça relevante no tabuleiro do sistema financeiro internacional e servem exclusivamente aos interesses dos credores.

Tais empresas nada falam sobre a situação escandalosa da dívida dos Estados Unidos e outros países imperialistas, mas não se cansam de meter o bedelho nas políticas econômicas dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como é o caso na Europa de Grécia, Irlanda e Portugal, entre outros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o rebaixamento da classificação de risco seria um equívoco e informou que o governo pretende cumprir o programa de cortes orçamentários, alvo de vigorosas críticas dos movimentos sociais. Hoje, o Brasil possui a primeira nota de investment grade, que é BBB-.

Com agências