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Mulheres se reúnem para discutir Brasil com Dilma na Presidência

Cerca de 600 mulheres de 23 estados brasileiros se encontram, a partir desta quarta-feira (30), no 2º Encontro Nacional de Mulheres Brasileiras (ENAMB 2011). De acordo com Sílvia Camurça, da coordenação nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), o Governo da presidenta Dilma Rousseff "exige um reposicionamento feminista”. O objetivo do evento é contribuir com propostas para as ações e os debates feministas dentro do movimento.

As atividades começaram na tarde desta quarta-feira (30), com três atos de lançamento em Brasília. "Realizaremos atos públicos no Congresso Nacional, para ocupar o espaço político; na rua (Rodoviária do Plano Piloto), para estabelecer diálogo com a sociedade; e no alojamento (Centro Comunitário da UnB), entre as delegações”, revela Sílvia Camurça,

O Encontro, convocado em 2010, assume uma importância ainda maior no atual cenário político brasileiro, quando, pela primeira vez, o país tem uma mulher na presidência. Isso porque, na opinião de Sílvia Camurça, a emancipação feminina passa a ser foco de disputa não só na política, como também nos meios de comunicação e em outros espaços.

"É desafiador (para o movimento) essa disputa simbólica sobre como a mulher pode ou não se comportar, até onde ela pode chegar”, comenta.

Outros pontos que exigem atenção do movimento feminista no Governo Dilma, segundo Sílvia, são o modelo desenvolvimentista adotado pela presidente – considerado pela feminista como um problema no atual contexto de crise ambiental – e as políticas para as mulheres.

"(A expectativa é que as) políticas para as mulheres ganhem realce nesse Governo, principalmente pelo destaque na erradicação da pobreza. E sabemos que a pobreza é maior entre as mulheres”, observa.

Na quinta-feira (31), as participantes debaterão sobre a linha de atuação da presidenta Dilma Rousseff no contexto de crise ambiental e social. No dia seguinte (1°), será feito um balanço das lutas da Articulação com destaque para os avanços e os desafios encontrados nas três principais linhas de luta da AMB: a antirracista, a anticapitalista e a antipatriarcalista.

O evento acontece até sábado (2 de abril) na Universidade de Brasília (UnB).

Com informações da AMB