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Operários de Eike Batista mantêm greve por melhores condições

Os trabalhadores do Consórcio ARG Civil Port — que atua nas obras do Porto do Açu, do empresário Eike Batista, em São João da Barra, no Rio de Janeiro — estão em greve. Os operários reivindicam melhoria salarial, adicional de 30% de periculosidade, participação nos lucros e resultados, seguro de vida e adaptações no alojamento.

Esse não é o primeiro protesto de trabalhadores do Porto do Açu. Em agosto do ano passado, cerca de 3 mil funcionários cruzaram os braços. A reclamação partiu de trabalhadores do consórcio ARG, contratada para as obras.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário, José Carlos da Silva Eulálio, e o acesso ao canteiro de obras está bloqueado desde as 5 horas de terça-feira (29). "O movimento é pacífico. Dormimos na estrada e não houve tumulto", disse. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, a paralisação reúne cerca de 1.200 funcionários.

Os funcionários prestam serviços para a LLX Minas Rio, parceria formada pela empresa LLX, de Batista, detentora de 51%; e pela Anglo América, com os outros 49%. A LLX Minas Rio é responsável pela implantação do terminal portuário dedicado ao minério de ferro.

Localizado em São João da Barra, na região norte do estado do Rio de Janeiro, o Porto do Açu contará com até 30 berços de movimentação para produtos siderúrgicos, petróleo, carvão, granito, minério de ferro, granéis líquidos e carga geral.

O complexo em construção é considerado um dos maiores empreendimentos de Eike e inclui a construção de um terminal portuário, com previsão para entrar em atividade em 2012, além de estaleiro, usina térmica a gás natural, entre outras instalações, numa área total de 9 mil hectares. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão só no terminal portuário dedicado ao minério de ferro.

O empreendimento está sendo construído próximo à área responsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil e, segundo a LLX, é o maior investimento em infraestrutura portuária da América Latina.

Fonte: Portal CTB com informações das agências