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Visita de Chávez e reunião da ONU marcam semana no Uruguai

A curta, mas intensa visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e uma conferência das Nações Unidas para América Latina e Caribe sobre a situação no Oriente Médio, marcaram a semana informativa no Uruguai. Chávez esteve em Montevidéu como parte de um périplo sul-americano iniciado na Argentina, para aprofundar as relações de cooperação e solidariedade e junto com seu anfitrião, José Mujica, revisou a marcha de convênios bilaterais.

Ambos mandatários mantiveram práticas privadas na residência presidencial da capital como preâmbulo a uma reunião entre ministros de ambas partes, assinaram acordos e ofereceram uma conferência de imprensa.

Os sete documentos rubricados pertencem aos setores da ciência e tecnologia, energia e petróleo, agricultura, alimentação, comércio e finanças.

O chefe de Estado da Pátria de Simón Bolívar esteve nas honras fúnebres do general Víctor Licandro, figura fundamental na fundação da Frente Amplio e na história política uruguaia, quem faleceu à idade de 93 anos.

Chávez sustentou um encontro com o ex-presidente Tabaré Vázquez e como encerramento de sua estância participou em um ato com alunos, trabalhadores e movimentos sociais na Faculdade de Medicina da Universidade da República.

No fim da cerimônia, Chávez considerou o sistema imperialista como o maior perigo que espreita ao mundo, o qual, disse, desatou uma loucura militar com o propósito de apropriar do petróleo líbio.

Dedicou boa parte de sua intervenção aos jovens já que, asseverou, "a esperança do futuro de América Latina está na juventude crítica, rebelde, estudiosa e culta".

Reiterou a necessidade de construir uma nova arquitetura sul-americana em um mundo "complicado e complicando no século XXI, e hoje muito, mas necessária a união pela crise mundial e moral".

Nesta semana, Montevidéu foi sede de uma conferência internacional da América Latina e Caribe , promovida pelas Nações Unidas, sobre a situação no Oriente Médio para promover alternativas de solução ao conflito palestino-israelense.

O documento-resumo do evento chamou ao fim da construção de assentamentos israelenses em território palestino e expressou sua preocupação pela escalada de violência na região.

As observações finais dos organizadores recolheram "com satisfação" a mensagem enviada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, quem recusou a política de expansão promovida pelo governo de Israel.

Uma ênfase pôs o texto-resumo ao destacar a responsabilidade do exército sionista na morte de civis de ambas partes em território ocupado e no sul de Israel.

Destacou a necessidade de que os representantes dos dois povos voltem a sentar à mesa de negociações, retomem o interrompido processo de paz e abordem temas como fronteiras, estatuto de Jerusalém, assentamentos, acesso à água e segurança.

Recordou que 112 países já reconheceram a Palestina e instou àqueles que ainda não o tenham feito a fazer sobre a base das fronteiras de 1967.

Fonte: Prensa Latina