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A mais de um ano do pleito, Obama lança campanha à reeleição

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou, nesta segunda-feira (04) o que ninguém tinha dúvidas: será candidato à reeleição em 2012. Com a publicação de um vídeo no YouTube e um comunicado em seu site oficial, Obama anunciou formalmente que tentará um novo mandato no ano que vem, afirmando que o país precisa "proteger os avanços conquistados" desde sua posse.

"Estamos apresentando documentos para lançar nossa campanha de 2012", afirma Obama no comunicado. "Temos que começar a nos mobilizar para 2012, muito antes de que chegue o momento de começar a campanha para valer", disse, em recado aos simpatizantes.

Obama disse ainda que, nos próximos dias, seus seguidores começarão a criar uma nova organização nas cidades de todo o país."E eu precisarei de vocês para ajudar a dar forma ao nosso plano, enquanto criamos uma campanha de maior alcance, mais centrada e mais inovadora que qualquer outra coisa que já construímos antes", destacou.

"Esta será minha última campanha, pelo menos como candidato", afirmou. "Mas a causa de fazer uma diferença duradoura em nossas famílias, nossas comunidades e nosso país nunca se tratou de apenas uma pessoa. E só terá êxito se trabalharmos juntos".

O anúncio foi precedido por um vídeo no qual um grupo de partidários do presidente falam sobre a importância de continuar o trabalho iniciado pelo presidente após a eleição em 2008. Durante os dois minutos e oito segundos, não há a imagens nem declarações de Obama.

O material foi publicado no YouTube e na página do norte-americano
(www.barackobama.com), a mesma usada na corrida de 2008. O pleito está previsto para 6 de novembro do ano que vem. Ao final do vídeo, aparece o que pode ser o lema da campanha: "begins with us” – em tradução livre, significa "Começa por nós". Em 2008, o slogan "Yes, we can" ("Sim, podemos", ainda em tradução livre) foi marcante para a vitória do democrata.

O registro da candidatura na Comissão Federal Eleitoral (FEC) era esperada para esta semana. Segundo a imprensa dos Estados Unidos, os estrategistas de Obama aguardavam o melhor momento para isso, para evitar que eventuais notícias negativas ofuscassem o início oficial do processo.

Na página oficial de Obama, há uma mensagem na qual se lê que a campanha está por começar e que Obama quer lançar um diálogo com os eleitores no caminho para conquistar a vitória em 2012.

A campanha foi organizada pelo comitê eleitoral de Obama e financiada pela própria entidade, de acordo com dados contidos no vídeo. Em 2008, Obama foi eleito presidente com 52,9% dos votos, vencendo o senador do Partido Republicano John McCain.

Cenário

Não é segredo que, tecnicamente, o país saiu da recessão no terceiro semestre de 2009, mas isso ainda não significou uma redução notável do desemprego. Dados recentes apontam que existem 13,5 milhões de norte-americanos sem trabalho, número que é quase o dobro daquele de 2007, quando estourou a crise. Por esta razão, a população não sente ainda a recuperação.

Por outro lado, o governante tem que resolver promessas não cumpridas, como a reforma migratória integral que favoreceria os quase 11 milhões de residentes sem documentos no território nacional. Mas, longe de cumprir um compromisso com os eleitores, durante os dois anos de governo Obama, ocorreram mais de 800 mil deportações.

Tampouco foi cumprida a promessa de fechar o centro de detenção e tortura de Guantânamo. Além de enfrentar todo esse cenário e uma perda de pontos nas pesquisas, Obama também terá que lidar com as consequências da guerra desatada na Líbia, quando a população estadunidenses se mostra cansada e cética e repudia cada vez mais os conflitos bélicos no Iraque e no Afeganistão.

Com agências