Dia Mundial da Saúde será de protestos no Rio

Nesta quinta-feira (7) – Dia Mundial da Saúde – entidades sindicais e do movimento social realizarão um ato contra a privatização do SUS e o projeto da prefeitura do Rio que entrega a gestão das emergências municipais para empresas privadas, as chamadas OS (Organizações Sociais).

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Estarão presentes profissionais de todas as áreas ligadas à saúde no Rio de Janeiro, entre eles representantes do Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato dos Assistentes Sociais, Associação dos Funcionários do IASERJ, Sindicato dos Médicos e vários parlamentares que já confirmaram presença. A concentração será a partir das 11h, em frente a ABI e, em seguida, todos deverão seguir em caminhada.

Dentre os locais já entregues para as OSs estão os hospitais Lourenço Jorge, Salgado Filho, Souza Aguiar, Miguel Couto, além dos PAMs de Del Castilho e Irajá. A proposta foi freada por uma liminar do Cremerj.

Nas cidades onde já existe a privatização há mais tempo, o número de atendimento é a prioridade. Acabaram os concursos públicos e há uma maior rotatividade de profissionais, que não se fixam no local e não têm planos de carreira. As condições de trabalho são precarizadas mais ainda.

No dia 6, Jandira Feghali, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, reafirmou que, como médica e membro da Frente Parlamentar da Saúde, tem defendido e lutado pela aprovação de matérias que tirem o SUS “do atual quadro de subfinanciamento e a inadmissível inversão entre recursos públicos e privados”.

Segundo Jandira, “sem recursos a altura o SUS não poderá vencer o enorme desafio que é garantir a universalidade do atendimento. Simultaneamente precisamos superar as terceirizações, garantir a fiscalização e auditoria na aplicação dos recursos e metas qualitativas, além de enfrentar a complexa e difícil questão de recursos humanos. A precarização e contratos temporários não são mais aceitáveis. Considero urgente a aprovação do projeto que reduz a jornada de trabalho da enfermagem para 30 horas semanais e estabelecer pisos salariais dignos e qualificação permanente desses profissionais”.