Jô se solidariza com Rio e propõe repensar o Brasil

Ao se solidarizar com alunos, pais, professores e demais funcionários da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um atirador matou 11 crianças e fez mais de 20 feridos, nesta manhã (7), a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) propôs a união de todos para coibir a violência.

tragédia do rio

 “Precisamos pensar o Brasil com outro coração. Com o coração de pais e mães. Com o coração da compaixão, do desprendimento, da boa-vontade”.

A parlamentar alerta que o primeiro foco deste repensar o Brasil deve ser a juventude. “Hoje o Brasil tem 3,4 milhões de jovens na faixa etária de 18 aos 24 anos que não estudam nem trabalham. E isto é gravíssimo. Esses não são números aleatórios”, afirma. Trata-se de dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep). “E todos sabemos o drama de ser ter um filho, um parente próximo em idade produtiva, fora do mercado de trabalho. Ou pelo fato de o jovem ter muita formação, mas carecer de experiência e, por esta razão, não conseguir o primeiro emprego. Ou, o inverso: Não ter nenhuma habilitação. E hoje a escolaridade de primeiro grau é exigida até para funções braçais”.

Violência
Jô Moraes ainda alertou para o fato de já ser uma realidade no Brasil a contratação de mão de obra além fronteiras. Ou seja, de paraguaios, uruguaios e bolivianos, entre outros.

Ela pontuou que isso não significa que os jovens desempregados ou fora da escola estejam optando pela violência. “Mas muitos deles estão expostos a cooptação pelo tráfico, pelo contrabando, pelos que só sabem usar e disseminar a violência. Não podemos deixar nossa juventude, nossos adolescentes e jovens expostos à contravenção, à bandidagem. Porque é esta a realidade de grande contingente de nossos meninos e meninas”, disse.