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Após tragédia em Realengo, governo quer tirar armas de circulação

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, revelou nesta quinta-feira (7) que o governo vai iniciar neste ano uma nova campanha pelo desarmamento no Brasil. A declaração foi dada após o massacre de alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.

Em fevereiro, durante o lançamento do relatório "Mapa da Violência", o ministro disse que o desarmamento da população era uma das prioridades do seu ministério. “Temos uma cruzada pela frente. O Ministério da Justiça lançará uma campanha pelo desarmamento”, afirmou.

“Temos de lutar muito fortemente contra essa cultura do armamento, contra essa cultura que faz com que pessoas, muitas vezes fora de suas faculdades mentais, cometam esse tipo de atrocidade”, acrescentou Cardozo, após um evento na Paraíba.

De acordo com o ministro, os índices de violência caem no momento em que as campanhas de desarmamento ocorrem no Brasil. “Não é mais necessário que crianças e pessoas morram dessa forma tão triste para que nós possamos aprender. É um momento muito triste. Todos nós, brasileiros, temos de nos solidarizar com essas famílias, com o povo do Rio de Janeiro.”

Segundo levantamento do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o estado do Rio tem cerca de 581 mil armas no mercado ilegal, que estão com civis e criminosos. Já em circulação, contando com as armas legais, são 805 mil.

O número é resultado de trabalho feito pelos agentes do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal. O órgão identificou 224 mil armas legais em posse de civis pesquisando nos arquivos da Delegacia de Armas e Explosivos (Dfae) da Polícia Civil do Rio.

Da Redação, com informações do O Globo