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Tragédia na escola: Onze alunos continuam internados

Muitas das vítimas foram atendidas no Hospital Albert Schweitzer
Onze alunos baleados na Escola municipal Tasso da Silveira, no massacre desta quinta-feira, continuam internados em seis hospitais do Rio. Um menino de 14 anos, que sofreu uma lesão na perna, foi liberado depois de medicado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, um menino de 14 anos, está em estado grave no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Ele sofreu uma lesão vascular grave no ombro direito.

No Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, estão internados um menino, de 13 anos, baleado no olho direito e uma menina, de 14 anos, atingida no abdômen e a coluna.

Outros quatro adolescentes estão internados no Hospital Albert Schweitzer. Três deles estão estáveis. Um menino, de 14 anos, baleado no abdômen e na mão, está internado em estado grave.
Um menino e uma menina, ambos de 13 anos, baleados respectivamente no braço e nas mãos, estão estáveis, no Instituto de Traumatologia e Ortopedia, no Centro.

Um menino, de 13 anos, baleado na perna e no braço, segue internado estável, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

O menino de 14 anos, baleado na cabeça, na mão e na clavícula, passa bem. Ele está internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, na Zona Norte do Rio.

Ato isolado

Presente ao velório e sepultamento de duas estudantes, o secretário estadual de Segurança Pública do RJ, José Mariano Beltrame, evitou avaliar se faltava segurança na escola palco do massacre da quinta-feira.

Ele disse que a falta de porteiro ou de um guarda municipal na instituição são questões menores no momento, diante do quadro de "monstruosidade" apresentado pelo atirador.

"Isso se trata de um ato de uma pessoa fora de suas faculdades mentais, um ato isolado. Fazer qualquer tipo de ligação, de especulação em cima disso é temerário. Se trata, sim, de uma ação de uma pessoa doente e que, infelizmente, veio a cometer esse episódio. Qualquer tipo de diagnóstico é pequeno perante a dor, perante a monstruosidade de um ato praticado por uma pessoa totalmente fora de suas faculdades mentais", declarou.

"Nós temos um projeto de segurança que está sendo apresentado à sociedade fluminense há quatro anos. Vamos continuar com ele. Na segurança pública são ações que a gente monitora e procura controlar, segurança pública nunca vai ser nada absolutamente zerada. Esse episódio é de uma pessoa insana que dificilmente se pode fazer alguma coisa no sentido de prevenir", disse Beltrame. Ao lado da delegada da Polícia Civil, Marta Rocha, ele visitou também o Hospital Albert Schweitzer, onde ainda estão internadas algumas das vítimas.

O secretário também disse que eventuais novas campanhas de desarmamento e de conscientização da população sobre os perigos do uso de arma são bem-vindas. Ele evitou declarar apoio formal a possíveis mudanças de legislação, mas disse que podem ser feitas rediscussões sobre o uso de armas.

"Todas as campanhas que venham a desarmar, todas as campanhas que venham a instruir as pessoas a respeito do uso de armas letais, toda campanha que efetivamente mostre resultado é bem-vinda, não tenha dúvida. Qualquer campanha e qualquer rediscussão, qualquer legislação que seja séria e que mostre resultados objetivos e efetivos é bem-vinda", disse Beltrame, que, emocionado, prestava homenagem às vítimas "como pai de três filhos".

Com agências