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Candidato favorito no Peru rechaça discurso do medo

O candidato presidencial progressista peruano, Ollanta Humala, rechaçou uma campanha neoliberal que pretende amedrontar a população para impedir sua vitória nas eleições do próximo domingo.

Humala, amplamente favorito nas pesquisas, abordou o tema no encerramento de uma incansável campanha de caminhadas, viagens e manifestações em todo o país. A maratona terminou na noite de quinta-feira (7) na cidade de Arequipa no sul dos Andes, a mais de mil quilômetros da capital, Lima.

Humalla foi o único candidato que escolheu uma cidade do interior para encerrar sua campanha, em uma verdadeira maratona de comícios que nos dos dias anteriores chegou às cidades do sul dos Andes de Cusco, Puno e Juliaca, assim como a Lima.

Seus quatro rivais neoliberales, que competem pelo segundo lugar e desenvolvem uma campanha de ataques com grande apoio mediático, realizaram também na noite de quinta-feira comícios de encerramento das campanhas em Lima.

Sem abandonar a estratégia de negar-se a debater com seus adversários, Humala pediu à população para que vote com calma e sem medo, e demandou aos políticos tradicionais que se aposentem e cedam lugar à nova geração.

Horas antes, um de seus adversários, o ex-presidente Alejandro Toledo, conclamou os candidatos Pedro Pablo Kuczynski, peruano-norteamericano, e Luis Castañeda, ex-prefeito de Lima, a reunir-se para estabelecer um acordo de “luta em defesa da democracia”.

Segundo Toledo, a democracia está supostamente ameaçada pelas tendências eleitorais que favorecem Humala, mas seu chamado não encontrou eco, o que significa que segue a lutando pelo segundo lugar para competir no segundo turno com Humala.

"Não tenhamos medo da mudança, agora quer vender-nos a opinião de que se o povo elege uma opção diferente então o povo não é democrático. Vamos votar sem pressões e sem medo", respondeu o candidato do bloco progressista.

Humala manifestou também seu pesar pela morte de três moradores da província de Islay, na região de Arequipa, durante uma longa greve contra o projeto d eprodução de cobre da transnacional Southern.

Depois de responsabilizar o governo pela repressão, prometeu resolver os problemas com o diálogo e não usando as forças policiais para atacar a população.

Fonte: Prensa Latina