Mulher que narrou execução diz que se sentiu traída pela PM

Segundo a testemunha, a corregedoria prometeu preservá-la, mas sua voz não foi distorcida

A testemunha que presenciou o assassinato de Dileone Lacerda de Aquino, no cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, disse que se sente traída pela Polícia Militar, pois não foi preservada após a denúncia do crime. A informação foi divulgada no jornal Agora, nesta sexta-feira (8).

Na entrevista, a mulher, que viu o homem ser morto por dois policiais militares, afirmou estar indignada com o fato de sua voz não ter sido distorcida na gravação divulgada. O caso chegou à polícia depois que a testemunha ligou para o 190 e narrou em tempo real a execução. Durante o telefonema, ela deu detalhes do que via. "Olha, eu estou no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, e a Polícia Militar acabou de entrar com uma viatura aqui dentro do cemitério, com uma pessoa dentro do carro, tirou essa pessoa do carro e deu um tiro. Eu estou aqui do lado da sepultura do meu pai."

Durante a conversa, a mulher não conseguia ver a placa nem o prefixo da viatura policial do local em que presenciou o assassinato. Enquanto falava com o Copom, que gravou a ligação, ela esperou os policiais passarem perto para que pudesse ver os dados da viatura.

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Da redação, com R7