Missa em homenagem a José Alencar lota a Catedral da Sé

Parentes, amigos e políticos estiveram reunidos, ontem, na Catedral da Sé, na capital paulista, para participar da celebração de uma missa em homenagem ao ex-vice-presidente da República José Alencar. Ao longo da cerimônia, que teve início por volta do meio dia, familiares e autoridades políticas destacaram o exemplo de luta pela vida como o grande legado do empresário mineiro.

"A figura de José Alencar é uma referência e nos deixa uma lição: o apreço pela vida e a crença em Deus, que nos dá mais vida", afirmou o arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Scherer, que presidiu a missa.

Entre os presentes na cerimônia estavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, Marisa Letícia, além do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, representou a presidente Dilma Rousseff, que está em viagem ao exterior.

Lula acompanhou a cerimônia ao lado da viúva Mariza Gomes da Silva e do filho de Alencar, Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas.

Ao final da celebração, o ex-presidente falou rapidamente com a imprensa sobre Alencar. "É sempre muito triste lembrar que perdemos um companheiro como o Alencar", afirmou Lula, recém-chegado dos Estados Unidos.

Durante a celebração, os presentes também lamentaram o massacre de Realengo (RJ), onde 12 crianças foram assassinadas por um homem que invadiu uma escola municipal.

Discurso

No momento de maior emoção da celebração da missa em homenagem ao ex-vice-presidente, o filho de Alencar, Josué, discursou no altar da Catedral em nome da família, agradecendo as manifestações de carinho de diversas áreas da sociedade para com o seu pai.
"Lembrar dele é tornar presente um conceito que ele nos ensinou – o importante na vida é poder voltar –, sob o qual edificou sua vida como empresário e político. A solidez dessa construção pode ser medida na generosidade das manifestações", disse, emocionando os netos do ex-vice-presidente e a viúva.

Alencar morreu no dia 29 de março, no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, vítima de câncer e falência de múltiplos órgãos. Ele lutou por mais de 13 anos contra a doença.

Fonte: Jornal O Tempo