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Na Venezuela, Parlamento debate golpe de Estado de 2002

A Assembleia Nacional da Venezuela debate, nesta terça-feira (12), os acontecimentos de abril de 2002, quando um golpe de Estado rompeu a ordem constitucional do país e a força popular conseguiu restabelecer o presidente Hugo Chávez no poder em menos de 48 horas.

Em sua sessão ordinária, o Parlamento incluirá a discussão em torno do tema, no qual os deputados socialistas, com ampla maioria no Congresso, preveem retomar o debate sobre o ocorrido há nove anos.

Voltaram a ser analisados os assassinatos e a repressão desencadeada pelos golpistas, encabeçados por empresários, representantes de partidos políticos e oficiais desleais, que contaram com o respaldo dos meios de comunicação privados.

Também será abordado o sequestro do presidente Hugo Chávez e a perseguição dos ministros e dirigentes do governo, assim como a dissolução dos poderes públicos. Enquanto alguns legisladores socialistas enfatizaram a importância de levar à Assembleia o tema, os opositores não emitiram nenhum pronunciamento a respeito.

Para Darío Vivas, deputado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, é necessário manter a memória dos cidadãos para o fato ocorrido há nove anos. “Está proibido esquecer o golpe para que nunca mais se repita, porque há setores empenhados em reeditá-lo”, comentou na última segunda-feira (11), durante um ato na Promotoria Geral, onde milhares de pessoas exigiam rapidez nas investigações e juízes contra os golpistas.

No dia em que ocorreu o golpe, pelo menos 48 horas depois, o povo venezuelano e as Forças Armadas restabeleceram a ordem constitucional e propiciaram a volta de Chávez ao Palácio de Miraflores.

Fonte: Prensa Latina