Audiência pública debaterá a hemofilia no Ceará
A Assembleia Legislativa realizará na próxima segunda-feira, 18 de abril, audiência pública para discutir a situação dos hemofílicos no Estado. A data é uma alusão ao Dia Internacional da Hemofilia que acontece no dia 17 de abril. O debate será realizado às 9h no auditório do Hemoce. A audiência é iniciativa do deputado estadual Lula Morais (PCdoB). Para o parlamentar é importante ressaltar o trabalho desenvolvido pelo Hemoce no tratamento aos hemofílicos.
Publicado 13/04/2011 10:43 | Editado 04/03/2020 16:31
A hemofilia é uma doença genética e hereditária que atinge cerca de 8,2 mil brasileiros, segundo a Federação Brasileira de Hemofilia. É causada por um defeito na coagulação do sangue, por isso provoca sangramentos internos que comprometem as articulações, músculos e até os ossos. Conforme a gravidade do quadro, pode prejudicar a mobilidade e causar invalidez. O principal tratamento é a reposição dos fatores que promovem a coagulação do sangue (fator VIII para hemofilia do tipo A e fator IX para a do tipo B).
Um dos principais problemas enfrentados pelos hemofílicos é a falta de regularidade no abastecimento dos fatores de coagulação. Os medicamentos são fundamentais para a sobrevivência de quem tem hemofilia. O volume de hemoderivados adquirido pelo Ministério da Saúde também é considerado insuficiente para atender à necessidade. A falta do produto impede, por exemplo, que o Brasil adote terapias mais modernas e já consagradas em outros países, como o tratamento profilático, ou preventivo.
Neste tipo de tratamento, o paciente recebe o fator de coagulação preventivamente, para evitar a ocorrência de crises de sangramento, o que melhora substancialmente sua qualidade de vida. A profilaxia diminui as hemorragias e pode evitar que articulações mais comprometidas pela doença, como joelhos, cotovelos e tornozelos, sofram danos irreversíveis e provoquem invalidez.
“Queremos contribuir para que a legislação consiga acompanhar os avanços nos tratamentos e amenizar o sofrimento do paciente que necessita dos medicamentos e não quer apenas sobreviver, mas viver com qualidade. Nesse sentido buscaremos a implantação de políticas públicas para garantir laboratórios equipados, e equipes de profissionais que inclua médicos hematologista, profissionais de enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, ortopedia e cirurgião dentista”, ressalta o parlamentar comunista.
Fonte: Assessoria do Deputado Estadual Lula Morais (PCdoB)