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Países se reúnem no Catar para discutir futuro político da Líbia

Representantes da Europa, dos Estados Unidos e de alguns países árabes discutem nesta quarta-feira (13) o futuro da Líbia, que se agrava com novos enfrentamentos armados e bombardeios da Otan.

Realizada pelo governo do Catar, a reunião conta, pela primeira vez, com a participação de líderes do opositor Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, já que em um encontro inicial, realizado no último mês de março em Londres, ficou permitido apoiar encontros colaterais. Diplomatas em Doha consideraram uma surpresa a presença do ex-ministro líbio das Relações Exteriores, Mossa Koussa, que há semanas havia deixado a Grã Bretanha.

De acordo com os organizadores, a reunião no Catar permitirá estudar propostas do denominado Grupo de Contato sobre a Líbia, integrado por uns 40 países e entidades internacionais como a ONU, a Liga Árabe e a Otan.

No entanto, a passagem da reunião para um acordo político pareceu limitada assim que o porta-voz da CNT, Mahmoud El-Shamam, enfatizou que um dos quatro pontos a planejar é a renúncia de Muamar Kadafi.

El-Shamam afirmou que insistirão frente a Otan porque “se não faz o suficiente” para o que descreveu como “proteger civis” em cidades como Misratah, o principal bastião insurgente no oeste da Líbia e Ajdabiya, recapturada esta semana graças a bombardeios aliados.

Assim mesmo, discursou em prol de uma iniciativa de paz, que também parece destinada a um fracasso de antemão, já que repete a mesma exigência da CNT em relação ao mal-sucedido plano da União Africana (UA) com relação à saída do poder e do país do líder Kadafi e de seus filhos.

A proposta da UA fracassou na última segunda-feira devido aos que a classificaram como obsoleta, em tanto que se defendia um diálogo com as autoridades em Trípoli, que descartam totalmente a chefia opositora baseada em Benghazi, capital da insurgência.

O governo da Líbia desqualificou as conversações de Doha e o papel desse país no conflito, assumindo o maior protagonismo árabe e apoiando os insurgentes com a comercialização de petróleo.

Fonte: Prensa Latina