EUA mataram mais de 900 pessoas no Paquistão em 2010
Os ataques dos aviões não tripulados dos Estados Unidos em 2010 causaram 957 mortes e ferimentos a 383 pessoas no paquistão, segundo relatório publicado nesta quinta-feira (14) pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.
Publicado 14/04/2011 18:57
Os autores do relatório, que utilizaram dados divulgados pela imprensa, calcularam em 134 o número de ataques com mísseis lançados em 2010. O maior número de vítimas mortais está na região do Waziristão do Norte, onde foram mortas 802 pessoas.
Assim, os estadunidenses cometeram 8% de todos os assassinatos registrados em 2010 no país asiático (o número total de vítimas de assassinatos chegou a 12,6 mil pessoas), segundo revelou o relatório.
As constantes incursões de aviões não tripulados estadunidenses, que atacam zonas fronteiriças com o Afeganistão, já causaram sérias discrepâncias entre Washington e Islamabad. As autoridades paquistanesas consideram que se trata de uma violação de sua integridade territorial e exigem que os Estados Unidos coloquem um fim à caça de guerrilheiros no Paquistão.
O Waziristão do Norte, região limítrofe com o Afeganistão, é parte da chamada zona tribal paquistanesa, que não está sob a jurisdição das leis federais do país. As autoridades paquistanesas afirmam que muitos dos guerrilheiros do Talibã e militantes da rede terrorista al-Qaida se refugiam na região após realizar combates no Afeganistão.
Com agências