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Equador enfrenta novas medidas de pressão dos Estados Unidos

A suspensão indefinida decretada por Washington de diálogos bilaterais com o Equador, implementado desde 2008, foi considerada nesta sexta-feira pelas autoridades do país como uma nova medida de pressão norte-americana.

Em relação ao anuncio feito pelo porta-voz do Departamento de Estado, o chanceler Ricardo Patiño, indicou que “a declaração unilateral de um governo deve ser respeitada”, mas nesse caso o Equador “não voltará atrás em seu comportamento soberano”.

O chefe da diplomacia equatoriana declarou na última quinta-feira que, ainda que a relação com os Estados Unidos seja importante “o país não vai alterar seu posicionamento”. “Se um país decide suspender os diálogos bilaterais com o Equador, nós temos 190 outros países para seguirmos conversando”, ressaltou o representante do governo do presidente Rafael Correa.

“Eles se relacionam conosco porque lhes interessa a relação com o Equador, não porque estão nos fazendo favores, assim como para nós também interessa uma relação com eles. Não somos mendigos”, afirmou o representante.

Os Estados Unidos adotaram a medida de suspender o diálogo bilateral com o Equador uma semana depois que este país declarou persona non grata a ex-embaixadora Heather Hodges, que nunca deu explicações sobre o conteúdo de uma informação ofensiva revelada pelo Wikileaks envolvendo os dois países.

De acordo com a informação, Hodges assegurou que o presidente Rafael Correa nomeou o ex-comandante da Polícia, Jaime Hurtado, apesar de conhecer um suposto histórico delitivo do oficial com o objetivo de facilitar sua manipulação.

Os Estados Unidos responderam declarando non grato o embaixador do Equador em Washington, Luis Gallegos, e suspendeu uma rodada de conversas bilaterais já com data prevista.

Do outro lado, o presidente Correa aprovou na última quinta-feira a aplicação imediata de um Plano Nacional de Incentivos para todos os setores afetados pela renovação do Sistema de Preferências Alfandegárias Andinas (Atpdea) e o governo estima que não se produzam demissões de trabalhadores por isso.

Outro ponto importante planejado pelo Executivo é a promoção comercial, a abertura e a diversificação de mercados, assim como concretizar as negociações comerciais com a Comunidade Europeia e com a Ásia.

Fonte: Prensa Latina