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Ministro reclama de Itaquerão fora da Copa das Confederações

Presente no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, para a final da Superliga de vôlei, o ministro do Esporte, Orlando Silva, criticou o fato de São Paulo já cogitar usar outro estádio que não o Itaquerão na Copa das Confederações de 2013, evento teste para o Mundial do ano seguinte.

"Se perguntassem a minha opinião sobre usar um estádio que não será o mesmo da Copa, eu diria que é uma decisão inadequada, porque você não pode premiar quem não está cumprindo as determinações da Fifa", disse, referindo-se ao atraso no cronograma.

O ministro acrescentou que se reuniu na semana passada com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab no sentido de acelerar as obras. "Quem me comunicou que o estádio de São Paulo [Itaquerão] está fora da Copa das Confederações foram as próprias autoridades locais", concluiu.

Corinthians

Há cerca de 10 dias, quando esteve com a imprensa para anunciar que estava resolvido o problema do dinheiro para pagar a elevação da capacidade da arena até os 65 mil lugares exigidos pela Fifa, o diretor de marketing da equipe do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, também foi taxativo sobre o assunto. "Quem está na torcida pela Copa das Confederações [uso do estádio na competição, em 2013] esquece", disse o dirigente.

Segundo ele, para atingir os R$ 650 milhões estimados para a construção, o clube utilizará um empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). Com ajuda de intermediários, será o Corinthians que pagará esse dinheiro ao banco estatal.

Ao investir esses recursos, o clube terá direito a CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) da prefeitura, de 60%, para a região de Itaquera. Esses títulos podem ser negociados. Ou seja, isso representaria R$ 240 milhões, o que praticamente cobre o custo da arena. Há ainda descontos de impostos.

Ainda falta, entretanto, acertar a operação com o BNDES. A Caixa Econômica pode ser envolvida por meio de um fundo imobiliário.

O dinheiro irá para a Odebrecht, que construirá o estádio. Depois, o clube paga a construtora em prestações.

Fonte: Folha de São Paulo