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Júlio Velozzo debate a nova política de quadros para a juventude

Em sua intervenção durante o 7º Encontro Nacional de Questões de Partido do PCdoB, o secretário nacional de juventude da organização, Júlio Velozzo, pautou a importância da nova política de quadros, tratando sobre a sua implementação junto à juventude. Confira abaixo a íntegra dessa intervenção:

Uma política de quadros para a juventude

Fotos: Ricardo Reis

Introdução

1) Como parte do processo de renovação de nossas concepções e práticas no que diz respeito ao tema partido, o 12 Congresso do PCdoB aprovou uma nova política de quadros. Ela está balizada pela ideia de que empreendemos, na atual quadra da luta de classes, uma nova luta pelo socialismo, que leva em conta os condicionamentos da etapa atual, as características do Brasil e os ensinamentos das primeiras experiências socialistas.

2) Assim, o ponto de partida para esta nova política é formar quadros para o tempo atual, para os desafios contemporâneos. Rejeitamos, portanto, todas as visões estereotipadas e a-históricas sobre o tema. Da mesma maneira que não existe um modelo único de organização, que seja cabível a todas as realidades nacionais e a todos os momentos históricos, não há um modelo único de política de quadros que constitua algum tipo de princípio imutável.

3) Segundo o documento aprovado: “hoje, nos marcos da crise capitalista e de re-avivamento da exigência de saídas alternativas avançadas para ela, e ainda com o atual grau de expansão partidária, a política de quadros deve perseguir concretamente: construir um partido combativo, unido, influente política e eleitoralmente, imerso na luta política, social e de ideias, apto a luta pela hegemonia no rumo de seu projeto programático; combinar de forma justa a atuação dos quadros na esfera político institucional no seio do Estado vigente com a perspectiva estratégica de acumulação de forças para mudanças profundas na sociedade; alcançar uma estável e extensa militância, coesa, estrutura em organizações de base enraizadas na luta dos trabalhadores e do povo brasileiro”.

4) O documento levanta três desafios fundamentais:

5) O primeiro desafio central é a preparação de uma nova geração de quadros dirigentes nacionais. Quadros preparados teoricamente, com conhecimento sobre a teoria marxista e sobre o pais, com capacidade de discernimento e postura critica. Dirigentes de diversos tipos, mais diretamente envolvidos com o dia a dia da direção partidária, parlamentares e ocupantes de cargos públicos, trabalhadores, intelectuais. Quadros mais imersos na luta política cotidiana e quadros que ocupam funções de destaque na sociedade, seja na vida acadêmica, cultural, científica.

6) O segundo desafio é formar uma ampla camada de quadros intermediários e de base, também diversos em suas posições e características, que sejam pivôs do enraizamento do partido e da vida militante.

7) O terceiro desafio é o desenvolvimento de políticas de quadros específicas para setores como as mulheres, os jovens e a intelectualidade. É a este terceiro desafio, no que diz respeito à juventude, que buscamos responder neste documento. A nova política de quadros do partido só terá seus resultados se for aplicada ao nosso trabalho de juventude.

8) Nosso partido tem larga experiência em lidar com quadros jovens – formando-os, alocando-os em tarefas importantes, promovendo-os. Nosso sucesso nesta empreitada pode ser comprovado pelo grande numero de dirigentes atuais do PCdoB, de várias gerações, que são oriundos da nossa frente de juventude. Esta experiência vitoriosa gera uma certa comodidade, uma sensação de que está tudo bem. Entretanto, não devemos esconder os importantes gargalos deste processo, questões que este documento tentará abordar.

9) Nossa influencia entre os jovens, admirada nacional e internacionalmente, é fruto do esforço abnegado de alguns milhares de quadros que se dedicaram a este processo. Hoje, um contingente importante de jovens dirigentes leva esta tradição adiante. Aplicar com denodo e criatividade a política de quadros decidida pelo 12 Congresso do Partido pode potencializar muito, tanto os resultados mais imediatos de nosso trabalho na juventude, quanto o aproveitamento deste celeiro de futuros dirigentes do partido.

10) Este texto é um complemento ao documento sobre o tema que foi aprovado pelo 12 Congresso, e assim deve ser lido.

Diagnóstico e políticas gerais

Alocação: enraizamento e sentido estratégico. É preciso pensar longe.

11) A juventude abraça a causa do socialismo com grande abnegação e entrega. Esta é causa principal de nosso sucesso nesta frente e, contraditoriamente, o motivo de alguns de nossos erros mais importantes. Nossa postura em relação a esta disposição total dos quadros jovens, muitas vezes, é uma postura imediatista e imprevidente que não leva em conta o desenvolvimento dos quadros no longo prazo. Isto vale tanto para as direções da UJS, quanto para as direções partidárias.

12) Esta postura imediatista costuma vir de duas fontes distintas:

a) Das direções partidárias, que premidas pelos desafios cada vez maiores que são colocados para o PCdoB, acabam tendo na juventude um contingente de quadros que estão “à mão”. Estes deslocamentos, no último período tem sido motivados principalmente em função da participação institucional, seja deslocando os quadros para ocupar os cargos diretamente, seja deslocando-os para ocupar o lugar vago nas direções partidárias pelo quadro mais velho que foi para o governo.

b) Das direções da UJS, que premidas pelas as urgências diversas típicas do movimento de juventude brasileiro, marcadamente do movimento estudantil, acabam muitas vezes não conseguindo dar uma orientação estratégica, de longo prazo, para a trajetória dos quadros.

13) Por isso é fundamental que os Secretários de Juventude e os Departamentos Estaduais de Quadros, principais condutores de nossa política de quadros entre os jovens, pensem as trajetórias com visão estratégica, realizando o justo casamento entre vocações/anseios e necessidades partidárias.

14) Dito de outro modo, é natural que as direções partidárias e de UJS, sempre muito pressionadas pelos desafios cotidianos da luta política, ajam no sentido descrito acima. O consórcio formado pela Secretaria de Juventude e pelo Departamento de Quadros precisa agir no sentido de fazer uma saudável contrapressão, buscando traçar, em conjunto com o quadro envolvido, um caminho de longo prazo, que harmonize o projeto de vida do militante, com o projeto político estratégico do partido.

15) A tolerância com as características típicas da juventude é fundamental, assim como a percepção de que tratamos com indivíduos em formação, que merecem atenção e tolerância. Muitas vezes estamos prontos a aproveitar as características positivas da juventude – ânimo, disposição, irreverência – mas pouco abertos a aceitar os limites – inconstância, imaturidade, inseguranças.

16) Este sentido estratégico e paciência, que levantamentos aqui, merecem especial aplicação no que diz respeito aos quadros jovens vocacionados para a intervenção na luta de ideias. Como os resultados nesta área não são imediatos, em geral há pouca disposição de investirmos gente nesta atividade. No último período, tivemos um razoável aumento de nossa influência nesta área, que pode, se bem tratado, redundar no médio prazo, em uma ampliação considerável de nossa participação na luta de ideias. Os secretários de juventude e os Departamentos de Quadros precisam incentivar os elementos que se dispõe a seguir esta trajetória.

17) É necessário criar espaços de vivencia partidária para os quadros jovens, que tem como tarefa central o trabalho da UJS, de acordo com as múltiplas possibilidades abertas pelo novo estatuto. No caso dos jovens que atuam na luta de ideias, que estão fora do cotidiano da nossa atuação política, esta necessidade é ainda maior, para que os vínculos com o partido sejam alimentados.

Combater o desenraizamento. UJS de Massas:

18) É parte fundamental de nossa política de quadros a concepção de que o jovem comunista precisa ter influencia social. Este é um forte trunfo de nossa organização de juventude, e explica nossas vitórias e nossa força. Para ficar em apenas dois exemplos, o último Congresso da Nação Hip Hop mobilizou mais de 1.000 pessoas e no mais recente Congresso da UNE votaram em urnas mais de 1,5 milhão de universitários, em 2 mil processos eleitorais. Entretanto, precisamos avançar neste sentido, e a política de quadros é parte inseparável deste processo.

19) A maioria de nossos quadros jovens trabalha ou estuda e são influentes em seus locais de atuação. Mas detectamos, ainda que não como fenômeno generalizado, um processo de desenraízamento em alguns de nossos quadros. Não é incomum, mesmo entre dirigentes de entidades de massa, a ausência total de atuação junto a uma base concreta.

20) Além dos prejuízos óbvios – diminuição de nossa força junto aos jovens, entraves à construção de uma UJS de massas -, isso tem forte relação com nossa política de quadros, na medida em que o desenraízamento pode ser um elemento deformador. Em alguns casos extremos, felizmente pouco comuns, poderíamos falar até mesmo em um processo de desclassamento e a lumpenização.

21) Este processo de desenraizamento, algumas vezes, é visto erroneamente como algo positivo, que denota desprendimento, abnegação, despreocupação com objetivos individuais em nome do projeto coletivo. Nada mais falso. Incentivar o descolamento da sociedade talvez seja o mais perverso dos imediatismos no tratamento da política de quadros.

22) É preciso que, como parte de nossa política de alocação de quadros, as direções de partido olhem para este problema onde ele se apresentar e dêem a ele a solução devida, orientando nossos quadros a permanecerem próximos à nossa área de influencia. Este processo deve ser encaminhado com paciência e buscando convencer os quadros desta necessidade de enraizamento.

23) Não deve haver nenhum tipo de função no nosso trabalho de juventude que inviabilize o posicionamento de nossos quadros – em maior ou menor grau – como lideres nos locais onde estudam, vivem ou trabalham.

24) É preciso também investigar as raízes mais políticas do fenômeno do desenraizamento. Talvez ausência de pautas específicas, que partam da realidade mais imediata da massa, descole nosso discurso da realidade cotidiana, contribuindo para este problema. A capacidade de, em cada local, realizarmos a mediação entre nossa política geral e a realidade imediata é fundamental.

Principais Universidades, principais escolas, principais empresas:

25) Outra questão chave do item alocação é o posicionamento de nossos quadros nos principais centros. Esta questão tem melhorado significativamente, em especial depois das possibilidades de acesso garantidas pela política educacional de Lula e da mudança no método dos Congressos da UNE e da UBES, mas ainda temos boa parte de nossos melhores quadros fora dos centros principais. Alguns apenas estudam nestes locais, tendo sua atuação política em outros locais, ou mesmo em local nenhum. No que diz respeito à juventude trabalhadora, nossa ação é ainda muito inicial e pouco planejada.

26) Os Secretários de Juventude e os Departamentos Estaduais de Quadros devem incentivar nossos dirigentes a estarem nos principais centros, marcadamente as universidades federais e estaduais importantes, as PUC’s, as escolas técnicas ( principalmente federais) e os grandes colégios tradicionais ( Estadual Central , Caetano de Campos, Pedro II…). No caso dos jovens trabalhadores, nas principais empresas. Isto demanda abrir mão de algumas necessidades imediatas, tarefas prementes, para que os quadros se preparem para tanto. Claro que todo este processo deve ser encaminhado sempre casando necessidades partidárias e vocações.

27) No que diz respeito às escolas técnicas e tecnológicas, há que ver com especial atenção os cursos que formam para profissões ligadas à produção e a setores estratégicos da economia nacional.

28) Falamos aqui mais das áreas de nosso trabalho estudantil, porque é onde a questão é mais óbvia, valendo o mesmo raciocínio, mutatis mutandis, para outras áreas.

Formação: decuplicar a escala

29) No tema da formação talvez esteja o nosso mais forte descompasso. Não é razoável que um partido que detém a influencia que temos na juventude, não tenha política específica de formação para a área.

30) O que há nos dias de hoje é a cota de jovens nos cursos do partido, tanto estaduais quanto nacionais e os cursos da UJS. Isso tem garantido o oferecimento de oportunidades de formação a um número ainda muito pequeno de quadros jovens, apesar do grande esforço da direção da Escola Nacional de oferecer bolsas.

31) O que precisamos é de uma ampliação radical de escala. Necessitamos oferecer cursos de tipo mais inicial à milhares e cursos de nível equivalente ao nível três da Escola Nacional para algumas centenas, de forma perene, durante todo o ano.

32) A forma de atingirmos esta escala é a adoção do método do ensino à distancia, que, em função do avanço tecnológico, tem se demonstrado eficiente e relativamente barato. É preciso elaborar tipos de curso, em consonância com a escola nacional, contemplando os conteúdos que estão consagrados pelo nosso trabalho de formação e introduzindo, na medida das necessidades, outras questões que seja específicas.

33) Alem disso, os Secretários de Juventude e os Departamentos de Quadros precisam ser agentes ativos do incentivo à formação dos nossos jovens. É necessária atenção, para alem da formação marxista em si, para que os nossos quadros estejam abertos para adquirem um nível cultural geral, em amplo sentido.

Promoção: Não tirar da juventude os quadros antes do tempo. Empoderar as executivas da UJS.

34) É preciso que exista uma política consciente, de promoção de quadros jovens. Este processo acontece em duas dimensões, as promoções que são feitas dentro das estruturas da UJS e das entidades por ela dirigidas, e as promoções dentro das estruturas partidárias. Ambas devem ser acompanhadas pelo banco de quadros, sobre o qual falaremos adiante.

35) No que diz respeito às promoções dentro das estruturas da UJS é fundamental que o partido acompanhe o processo, ajudando as direções da União da Juventude Socialista a conduzir as coisas realizando apostas, aproveitando aptidões, realizando renovação e alternância.

36) Para que estas promoções tenham resultado é necessário que o partido dê às instancias de direção da UJS autonomia de verdade, fugindo do desvio do tutelamento. Este desvio poda o desenvolvimento dos quadros, na medida em que exercer responsabilidades é o mais poderoso instrumento de formação de quadros. Neste sentido a existência de comissões de juventude do partido, não pode substituir o papel das executivas estaduais e municipais da UJS, que devem ser empoderadas, apoiadas e reforçadas em suas atribuições. Promover quadros é, fundamentalmente, confiar em sua capacidade.

37) Esta autonomia, não pode ser confundida com abandono. Assim, se o tutelamento é um desvio, o abandono é outro. Não é raro vermos o descaso com o nosso trabalho de juventude ser justificado com a necessidade autonomia da UJS.

38) Não há uma formula exata para determinar como fugir dos dois desvios – tutelamento, abandono – , a arte está em achar o termo ideal, apoiando o trabalho das executivas, sem substituí-la em suas atribuições.

39) No que diz respeito as promoções dentro do partido, é preciso garantir a presença de quadros da juventude nas direções partidárias, cumprindo a diretiva do documento sobre política de quadros aprovado pelo 12 Congresso. Além disso é altamente recomendável, que os presidentes das UJS estaduais e municipais façam parte das Comissões Políticas respectivas, independente da necessária presença do secretário de juventude. A atividade exclusiva dos presidentes da UJS, mesmo sendo parte dos organismos de direção partidária, deve ser na juventude.

40) Os quadros jovens devem militar na UJS o máximo possível. Devemos evitar os deslocamentos precoces, que ocorrem com cada vez maior freqüência. No que diz respeito ao deslocamento dos quadros constantes no Banco Nacional de Quadros é necessária a consulta a Secretaria Nacional de Juventude.

41) O momento da transição da UJS para o partido é delicado, e deve ser acompanhado com grande cuidado pelos Secretários de Juventude e pelos Departamentos Estaduais de Quadros. É aí que perdemos muitos militantes valiosos, ou, no mínimo, enfraquecemos os liames destes com o partido. Uma transição bem feita, que leve em conta um alocamento harmonioso entre as pretenções do quadro e os objetivos do partido, pode ser fundamental para todo o restante da trajetória do militante.

Projetos Específicos

Banco de Quadros

42) Como parte da nova política de quadros, o nosso primeiro projeto é acompanhar a alocação, promoção e formação de um conjunto de 180 quadros de todo país (lista inicial anexa). São quadros de diversos tipos, origens sociais, e localidades, nos quais pretendemos fazer um investimento especial, contribuindo para formar a nova geração dirigente do partido.

43) Os estados devem reproduzir esta iniciativa, de acordo com suas possibilidades, acompanhando um certo numero de quadros jovens. Estes devem ser de variadas frentes, evitando um peso demasiado do movimento estudantil, que mesmo sendo prioritário, não pode tomar a totalidade de nossa atenção.

44) Estes quadros, deverão ser acompanhados por um “consórcio” entre a Secretaria de Juventude e o Departamento Nacional de Quadros. Serão colhidas com freqüência determinada auto-avaliações de desempenho, conduziremos a conclusão por parte destes quadros dos três níveis de formação da Escola Nacional, serão monitoradas as transições de tarefas e a evolução da vida acadêmica e profissional.

45) Receberão especial atenção as mulheres. Sabemos que estas sempre são obrigadas a vencer dificuldades maiores para a militância e, em função de nossa política geral de quadros, precisam ser promovidas em numero crescente. Em levantamento feito no ano de 2009 junto aos quadros que foram membros da Direção Nacional da UJS e estão em outras atividades, constatou-se um grande numero de mulheres que se consideram sub-aproveitadas pelo partido. Reverter este quadro é nossa obrigação.

46) O responsável por este acompanhamento cotidiano na Secretaria será Rovilson Portela, que terá esta tarefa como a prioridade de seu trabalho.

Quadros jovens formando-se em profissões estratégicas

47) Teremos um projeto especial, dentro do Banco de Quadros, que será o acompanhamento de jovens que estudam em escolas técnicas, cursos tecnológicos e cursos superiores que formam para profissões ligadas à produção.

48) Temos algumas centenas de jovens filiados ao partido que fazem cursos cujas profissões estarão ligadas aos grandes batalhões da luta de classes no Brasil ou à novas profissões estratégicas. A questão é que, nos dias de hoje, esta atividade não é valorizada, e muitos largam os cursos, em geral muito exigentes. Queremos realizar uma pressão positiva em sentido contrario – orientar estes militantes a que invistam nos estudos e busquem se posicionar para ocupar um espaço importante no mercado de trabalho.

49) Como primeiro passo realizaremos, em conjunto com a Secretaria Sindical, um encontro de Jovens Comunistas de Escolas Técnicas e Tecnológicas, onde discutiremos o caráter estratégico destas profissões e da militância comunista nestas áreas. Típico projeto de resultados mediatos, de médio e longo prazo, mas que pode trazer grandes benefícios ao partido. A data sugerida para a realização é 3 e 4 de setembro em São Paulo. O encontro contará com a presença do camarada Haroldo Lima.

Curso de Formação Níveis 1, 2 e 3 à distancia

50) Conforme justificado acima, precisamos ampliar em muito a escala da formação dos quadros jovens. Assim, queremos lançar até fevereiro de 2012 um pacote de cursos à distancia que possibilitem isso.

51) Estes cursos serão do partido, e não da UJS, e obedecerão a toda a grade elaborada pela Escola Nacional do Partido. A ideia é produzir o mecanismo todo com empresa de alto padrão, custeando a iniciativa com verbas da Fundação Mauricio Grabois e com recursos de uma campanha específica. Já há tratativas em curso neste sentido.

52) O mesmo programa através do qual o “aluno” realiza o curso, pode ser usado para o acompanhamento do banco de quadros que descrevemos acima; o quadro vai realizando o curso, cujo conteúdo estará hospedado e é acompanhado no processo pela gestão do Banco de Quadros, que dirige o processo. Realizar os cursos, independente do nível, estará franqueado a todos os interessados.

53) A tarefa de viabilizar a iniciativa é de responsabilidade de Júlio Vellozo, e contará com o trabalho de uma comissão formada por João Braga, Teófilo Rodrigues, Augusto Chagas e Rodrigo de Carvalho, à qual deverão se somar companheiros indicados pela Escola Nacional do Partido.

Encontro Nacional sobre Universidades Federais e Estaduais

54) O nosso trabalho de juventude tem uma influencia importante nas Universidades Federais e Estaduais. Hoje a lógica única de nosso trabalho são as demandas imediatas do movimento estudantil.

55) Para o desenvolvimento do nosso trabalho na luta de ideias, o potencial que nosso trabalho tem nestas universidades é enorme.

56) Há, entretanto, flagrante necessidade de unificarmos uma intervenção partidária nestes espaços, que possibilite ampliarmos nossas possibilidades de crescimento e influência. Em algumas universidades há uma desconexão absoluta entre nossos estudantes, funcionários e professores.

57) Em função disso queremos realizar, no primeiro semestre de 2012, um encontro sobre Universidades Federais e Estaduais, com vistas a elaborar políticas comuns e discutir formas de ampliar e potencializar a intervenção do partido nestes espaços.

58) O faremos em conjunto com a Fundação Maurício Grabois, questão já acertada.

O papel dos Secretários de Juventude na política de quadros

59) Nenhuma das iniciativas aqui propostas tem chance de êxito sem a participação ativa dos Secretários de Juventude. Eles devem ser a ponta de lança do encaminhamento desta política e de seus desdobramentos.

60) Os Secretários de Juventude devem ter o encaminhamento da política de quadros como uma de suas tarefas mais importantes. O empoderamento das executivas da UJS (sem abandono) permite que estes dediquem boa parte de seu tempo para cuidar dos quadros de juventude, sempre em parceria com os Departamentos Estaduais de Quadros.

61) Devemos ganhar o conjunto do partido para esta política, discutindo este documento, em conjunto com o documento geral aprovado pelo 12 Congresso do Partido, em todos os Estados e nos municípios com mais de 100 mil habitantes.

62) Cuidar dos quadros jovens é cuidar do futuro do PCdoB e plantar as condições para a construção do socialismo em nossa pátria.

Da redação