Inácio Arruda: Copa de 2014, motivo de orgulho e desenvolvimento

Um partido da oposição está torcendo contra o sucesso do Brasil na Copa de 2014. Usa seu horário no rádio e TV para desacreditar o empenho dos brasileiros e, no Senado, seu líder propôs abertamente que o país desista do evento. Mas isso não vai acontecer!

No dia 18 de abril, foram discutidos no Ceará os empreendimentos que estão sendo feitos para a Copa do Mundo. Sempre se levanta muita dúvida: o País tem condições? Temos competência? Quem tem a responsabilidade? Eu digo: embora o empreendimento seja privado, o governo federal assumiu uma série de compromissos, entre eles adequar os meios para que todos pudessem participar do evento. Isso inclui um amplo projeto de obras e ações, que já envolveu as 12 cidades da Copa desde o ano de 2010. Este ano, a presidenta Dilma apresentou o Projeto da Mobilidade para 24 cidades, com R$ 18 bilhões de investimentos. Mais uma vez, contemplou especialmente as cidades da Copa. Fortaleza poderá receber R$ 2,4 bilhões.

Para a Copa, são 50 projetos em mobilidade urbana. Só no Ceará, vamos fazer um veículo leve sobre trilhos, um corredor viário, quatro BRTs (transporte rápido de ônibus), estações de metrô. Vamos construir a Linha Leste do Metrô. Treze aeroportos serão ampliados, ou terão terminais novos e serão remodelados. Sete portos serão reformados. No nosso Estado, será realidade o sonho de que o Porto de Mucuripe também seja de passageiros e não só de cargas. Os navios de turismo que hoje passam pela nossa costa poderão parar no Ceará para os turistas conhecerem nossas praias, sentir o nosso calor, conhecer a nossa gastronomia, dançar o nosso forró, gerando renda e empregos.

Os Estados estão sendo financiados pelo Governo Federal para empreendimentos e, ao mesmo tempo, recebem recursos para reformar ou construir as suas arenas para a realização do campeonato. No Congresso, adotamos medidas para permitir celeridade às obras civis, de infraestrutura aeroportuária, de vias, de ampliação dos serviços públicos. Fizemos a nossa parte: garantir que o País seja vitorioso nesse grande empreendimento.

Tenho conversado frequentemente com o ministro Orlando Silva, um entusiasta coordenador do Grupo Executivo da Copa, que reúne mais de 10 Ministérios, incluindo os do Esporte, Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Turismo. Toda quinzena é feito um balanço dos empreendimentos. É mais um esforço para o êxito da empreitada. A Copa de 2014 deverá agregar algo em torno de R$183 bilhões ao PIB até 2019, porque ela vai ter efeitos posteriores. Só na área de infraestrutura, obras civis, R$ 23 bilhões de investimentos; na área de serviços, R$ 10 bilhões. Isso tem grande significado para a economia brasileira. Modifica e melhora a vida nas cidades, criando simbologia de que devemos manter esse ritmo de investimentos na nossa Nação.

Hoje, o nosso País está examinando a possibilidade de abrir mais amplamente o seu mercado de trabalho, porque está faltando mão de obra especializada. Em algumas cidades, falta até mesmo a mão de obra não especializada. Isso é significativo. A luta pela redução da jornada de trabalho ganha ainda mais força. Trabalhar menos para que todos trabalhem e, inclusive, para que o trabalhador possa melhor capacitar-se. É uma grande oportunidade para a ampliação do mercado de trabalho.

Teremos, só na Copa, mais de 600 mil turistas internacionais. Isso dá um adicional de recursos da ordem de R$ 3,9 bilhões. Além destes, são mais 3 milhões de turistas nacionais, gerando mais R$ 5,5 bilhões. Estão sendo criados 332 mil empregos permanentes até 2014, e outros 381 mil empregos temporários serão gerados no ano da competição. Mesmo após a Copa, continuarão o aumento do turismo e o uso dos estádios. Não haverá arena esportiva sem aproveitamento, porque uma coisa que a gente adora é futebol. Podemos citar 12 estádios, alguns novos e outros reformados, como é o caso do Castelão, no Ceará. Quanto a tributos, vamos ter também uma arrecadação significativa, de R$ 16,8 bilhões a mais.

Um empreendimento dessa magnitude vai melhorar a vida das nossas cidades, a circulação urbana, o transporte público. O próprio Tribunal de Contas da União afirma, através do seu presidente, Benjamin Zymler, que 90% dos projetos contêm boas práticas. Também o Ministério Público deve acompanhar as obras, para que não haja atraso na realização. A Copa dura um mês, mas depois ficará um grande legado para o povo brasileiro. É esse ritmo de desenvolvimento que queremos ter no Brasil de forma permanente. Porque isso induz a mais e mais crescimento, distribui riqueza, gera emprego e renda – e é esse o momento que estamos vivendo no Brasil. É esse o futuro que estamos construindo.

Portanto, oposição, confie no povo brasileiro. Vamos dar um show de bola – um banho de cuia!

Inácio Arruda é Senador do Ceará e Líder do PCdoB no Senado Federal