Parlamento discute investimentos para o combate ao câncer de mama
O Dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama (29/04) e os investimos nas ações contra a doença foram discutidos em audiência pública realizada na tarde da última sexta-feira (29/04), pela Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa em parceria com a Câmara dos Vereadores de Fortaleza.
Publicado 30/04/2011 19:37 | Editado 04/03/2020 16:31

Sensibilizado com o tema, o deputado Lula Morais (PCdoB), requerente do debate, chamou a atenção para o cuidado e carinho que a causa merece. “O câncer de mama atinge a mulheres do mundo todo, muitas vezes mutilando e tirando vidas. Precisamos evitar isso detectando por meio de exames especializados, como a mamografia”, atentou.
Representando a Secretaria da Saúde do Estado, o médico Luiz Porto relatou que muitos dos óbitos ocorrem devido ao desinteresse das mulheres em procurar os exames de rastreamento. “Temos equipamentos e profissionais, mas grande parte das mulheres não sabe da importância do diagnóstico preventivo. Campanhas em escolas poderiam mudar os números, ensinando desde cedo a importância desses exames”, afirmou.
O secretário de Saúde de Fortaleza, Alexandre Mont’Alverne disse que o aumento no número de mamografias feitas pela rede pública é motivo de comemoração. Segundo ele, foram 43 mil no ano passado. “Nosso número de óbitos estacionou. Já é algum resultado. E a partir de maio, contaremos com o serviço de agendamento em casa, da mamografia para mulheres cadastradas pelas SUS. Essa medida ajudará a diminuir o numero de mutilações e óbitos na nossa cidade”, acredita o secretário.
Representando a Associação Amigos do Centro Regional Integrado de Oncologia (AssoCrio), Cláudia Belém, relatou histórias de mulheres tanto da Capital como do Interior, que sofrem preconceito após o diagnostico da doença. “O preconceito existe pela falta de informação. É preciso que mais campanhas sejam feitas nos bairros menos favorecidos e nas cidades do interior, para que a população saiba da gravidade do assunto”, cobrou Cláudia.
O chefe de serviço de Mastologia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Marcus Nasser, lembrou a importância do acompanhamento psicológico das pacientes diagnosticadas com câncer de mama. “É preciso que nossos profissionais sejam mais humanos ao tratar dessas mulheres que convivem com outras que não obtiveram vitória no seu tratamento e precisam de um acompanhamento maior. Por isso a importância de enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas”, pontuou.
Participaram do evento representantes de associações como Roda Viva, Amigos da Vida, Amigos do Peito, entre outros.
Fonte: Agência de Noticias da Assembleia Legislativa