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Campanha quer reduzir discriminação contra as meninas nas escolas

Começa nesta segunda-feira (2) a Semana de Ação Mundial 2011, que prossegue até domingo (8). A mobilização, coordenada internacionalmente pela Campanha Mundial pela Educação (CME, quer fomentar ações e discussões, em mais de 100 países, sobre a educação de meninas e mulheres.

Segundo a presidenta da Campanha Mundial pela Educação, Camilla Croso, ações e fatores contribuem para a discriminação das mulheres, e entre eles a repetição, no ambiente escolar, de ideias estereotipadas sobre o que é ser homem e mulher, criando uma hierarquia entre feminino e masculino.

"É urgente o reconhecimento de que existe, sim, discriminação de gênero e desigualdades no sistema educacional. Este reconhecimento, bem como de suas causas e consequências, é fundamental para que o problema seja superado”, diz Camila.

“Na Semana de Ação Mundial 2011, esperamos lembrar os Estados e a comunidade internacional de que os direitos humanos são indivisíveis e de que ao promover o direito à educação, promove-se todos os outros direitos humanos", conclui Camilla.

Além da discriminação no ambiente escolar, as meninas ainda enfrentam inúmeros obstáculos em sua trajetória educativa, como o trabalho doméstico que realizam; o cuidado com os irmãos e irmãs mais novos; casamentos e gravidez na adolescência; a influência das religiões nas decisões sobre políticas educacionais – em especial as relativas à educação dos direitos sexuais e reprodutivos –; a pobreza; os conflitos armados; e um entorno escolar perigoso e violento.

Isso resulta, em índices maiores de analfabetismo entre as mulheres nos países da América Latina. No Peru e na Bolívia, para cada homem não-alfabetizado, entre 3 e 4 mulheres estão na mesma condição. Na América Central, 25% das pessoas maiores de 15 anos são analfabetas e em sua maioria são mulheres e meninas pobres, indígenas e moradoras das zonas rurais.