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Funcionários da ONU deixam Líbia e combate em Misrata recrudesce

O exército líbio aumentou nesta segunda-feira (2) a contraofensiva na cidade de Misrata, local por onde chegam armas e ajuda aos amotinados, enquanto o pessoal da ONU deixou o país, viajando para a vizinha Tunísia, amedrontado pelo saque de embaixadas em Tripoli.

Reportagens de emissoras de televisão regionais mostraram a artilharia do exército líbio atacando a zona portuária da terceira maior cidade do país, impedindo o atracamento de barcos que supostamente realizariam "missões humanitárias" na localidade.

Um porta-voz do governo de Tripoli reiterou as acusações de que tanto por terra como pelo mar há ações disfarçadas para apoiar os amotinados, que controlam o principal bastião rebelde no oeste da nação africana.

Do mesmo modo que ocorreu no domingo, o alvo fundamental dos projéteis de artilharia do exército foi o porto, para cortar o abastecimento de material logístico para os amotinados, embora muitos civis também tenham se queixado de problemas com o fornecimento de alimentos.

As operações militares prosseguem ao mesmo tempo em torno do povoado de Zintan, em mãos dos amotinados e situado a sudoeste de Tripoli, que foi atacado com foguetes e morteiros pelas forças governamentais, para tratar de avançar naquela direção a partir do oriente.

Porta-vozes dos amotinados e fontes noticiosas afirmam que, desde domingo, há luta na área de al-Rayayna, no leste de Zintan, nas imediações da fronteira com a Tunísia.

Fontes militares na região confirmaram a saída do país do grupo de funcionários da ONU, decisão tomada no domingo depois que várias pessoas incendiaram e destruíram as embaixadas do Reino Unido e da Itália em Tripoli.

O saque dessas legações foi a reação popular ao bombardeio que aconteceu na noite de sábado contra a residência de um filho de Kadafi, que morreu no ataque junto com seus três filhos.

A fronteira com a Tunísia segue recebendo grande afluência de cidadãos líbios, que tentam cruzá-la para escapar dos combates, inclusive na cidade de Dehiba, onde o exército tunisiano estabeleceu seis postos de controle de fronteira.

Fonte: Prensa Latina