Ato unificado do trabalhador tem a marca da unidade

Ao lado de velhos sindicalistas, muitos jovens, mulheres, negros falavam na importância da data, lembrando os operários de Chicago que, em 1886 foram assassinados na luta pela redução da jornada, ao tempo que defenderam melhor qualidade de vida e uma sociedade socialista justa, fraterna e igualitária, com distribuição de renda e valorização do trabalho, com respeito aos trabalhadores e conjunto da sociedade.

Foi um ato que reuniu as Centrais Sindicais (CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT), Federações, Sindicatos e com a presença de entidades de mulheres, da juventude e de todo movimento social, saiu da Praça do Operário em passeata pela Av. Magalhães Barata e Av. Nazaré, até a Praça da República, onde encerrou com ato show.

A bandeira da unidade

A defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário, gerando emprego e qualidade de vida foi uma bandeira que foi presente em todos os discursos.

Da mesma forma foi constante a defesa do fim do fator previdenciário, pelo salário decente e a valorização do salário mínimo, reforma agrária, igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, pela ratificação da convenção 158 da OIT que impede a demissão arbitrária e discriminatória, acabando com a dispensa “sem justa causa”.

O presidente da CTB Pará Marcão Fonteles defendeu que os trabalhadores tem o desafio de “reunir forças e condições para viabilizar as transformações sociais através de um Projeto Nacional de Desenvolvimento em transição para o socialismo” esclarecendo que a definição dessa batalha depende da mobilização e participação da classe trabalhadora, como força motriz da mudança e de uma organização classista, que eleve o nível de consciência política da classe trabalhadora, que garanta a unidade de ação do movimento sindical e social na perspectiva do poder político.

O representante da CTB falou ainda que ato unitário desses fortalece concretamente a construção das propostas apresentadas ao conjunto da sociedade e ao governo pela Agenda Nacional da Classe Trabalhadora aprovada na Conclat em junho de 2010 e encerrou afirmando que é urgente a luta pela redução dos juros, controle do câmbio e do fluxo dos capitais e mais investimentos públicos.

Combate ao mensalão paraense

O presidente da CTB Marcão destacou a tarefa dos trabalhadores paraenses em combater a safadeza que está ocorrendo na Assembléia Legislativa do Pará, com dezenas de funcionários fantasmas e milhões de reais sendo desviados mensalmente do erário público para os bolsos da quadrilha que se encastelou no poder legislativo paraense e Marcão convocou novas mobilizações contra este quadro.

Foi um ato unitário, que afirmou o projeto de um Brasil democrático, soberano e socialista e onde as Centrais Sindicais assumiram o papel protagonista nessa conquista apostando politicamente na unidade, em defesa dos direitos trabalhistas e sindicais, reafirmando o compromisso com o sindicalismo de classe, que luta pela superação do capitalismo, por uma sociedade sem explorados e nem exploradores.

Fonte: CTB – Pará