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Morre Lidya Gueiler Tejada, única presidente mulher da Bolívia

A única mulher que foi presidente da Bolívia, Lidya Gueiler Tejada, faleceu na madrugada desta segunda-feira (09), aos 89 anos, na capital, La Paz. Ela foi uma lutadora pela democracia e pelos direitos da mulher.

Sua morte, em decorrência de "causas naturais", foi confirmada pelo neto, Eduardo Siles, que declarou: "Se foi em paz, depois de várias semanas de força física diminuída. Faleceu na tranquilidade de seu lar e junto com sua família".

Tejada, uma das dirigentes mais importantes da revolução nacionalista de 1952, assumiu a Presidência de seu país em 16 de novembro de 1979, aos 58 anos, depois de uma fracassada tentativa de golpe militar comandada pelo coronel Alberto Natusch Busch, que enfrentou 16 dias de resistência civil. À época, o Congresso decidiu entregar o poder à chefe da Câmara dos Deputados.

No entanto, ela acabou sendo destituída do cargo menos de um ano depois, em julho de 1980, por um novo golpe militar encabeçado pelo então comandante-em-chefe das Forças Armadas, Luís García Meza, atualmente detido em uma penitenciária de segurança máxima.

Durante seu mandato de oito meses, a presidente enfrentou uma crise econômica que a obrigou a desvalorizar em 20% a moeda.

Com a derrota, Tejada foi exilada e tornou-se embaixadora na Colômbia e na Venezuela. Em 1993, a ex-presidente se retirou da política.

Em coletiva de imprensa, o ministro de Comunicação da Bolívia, Iván Canelas, expressou as condolências à família da ex-mandatária e assegurou que se cumprirão todos os ritos protocolares próprios de uma lutadora social. Ele  anunciou a realização de tais homenagens póstumas na Assembleia Legislativa e no Palácio de Governo.

Com agências