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Mais de 25% da população do Maranhão vive na pobreza extrema

O Maranhão é o estado que tem proporcionalmente a maior concentração de pessoas em condições extremas de pobreza. Cerca de 1,7 milhão de pessoas, de um total de 6,5 milhões de habitantes do estado, estão abaixo da linha de miséria. Isso representa 25,7% da população do estado — mais que o triplo da média do país, que é de 8,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE.

O conceito de miséria foi estabelecido oficialmente na semana passada pelo governo federal, que resolveu considerar em estado de pobreza extrema quem ganha até R$ 70 por mês. Para chegar aos R$ 70 por mês, o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) decidiu usar o critério já adotado pelo programa Bolsa Família para definir quem é miserável, parecido também com linhas adotadas por organismos internacionais.

O segundo pior estado é o Piauí, com 21,3% dos moradores ganhando até R$ 70 mensais. Em terceiro, vem Alagoas, com 20,3%. O número de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza é maior no Nordeste (onde representam 18,1%) e no Norte (16,8%). O Sul é a área com o menor número de habitantes abaixo da linha da miséria (cerca de 2,6%).

O estado com menor nível de miseráveis é Santa Catarina. De seus 6,2 milhões de habitantes, 103 mil estão na linha da pobreza extrema, o que representa 1,6% da população. Em segundo lugar, vem o Distrito Federal, com 1,8% de miseráveis. São Paulo está em terceiro, com 2,6%. O Rio de Janeiro tem um índice de 3,7% de pessoas vivendo com até R$ 70 por mês.

O Brasil tem 16,2 milhões de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Isso representa 8,5% dos 191 milhões de habitantes do país. Na terça-feira da semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu o valor de R$ 70 per capita ao mês como referência para definir quem são os brasileiros mais carentes.

Os números, baseados em dados do Censo 2010, ajudarão a formular o plano Brasil Sem Miséria — que deverá se tornar em uma das principais bandeiras do governo da presidente Dilma Rousseff, assim como ocorreu com o governo Lula, com a ascensão de 28 milhões de pessoas a classes sociais acima da linha da pobreza.

A coordenação do programa está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Tereza Campelo, que será responsável também por conduzir o programa.

O programa está dividido em três linhas de atuação: benefícios sociais; inclusão produtiva e na extensão dos serviços que o Estado oferece a esta camada da população.

Com informações da Uol