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Grécia: desemprego alcança 15,9%; governo insiste em cortes

A taxa de desemprego na Grécia saltou para 15,9% em fevereiro, ante 15,1% em janeiro, informou nesta quinta (12) o serviço de estatísticas do governo (ELLSTAT). A taxa segue acima das projeções governamentais para 2012.

Em seu orçamento de 2011, o governo grego estimou que a taxa de desemprego subiria para 14,5% em 2011, antes de atingir um pico de 15% em 2012. Sindicatos acreditam que o desemprego deva chegar a 20% ainda este ano. Já o FMI tem projeção de pico para a taxa de desemprego em 15,2% em 2012.

Segundo a Daw Jones, os jovens são os mais atingidos pela recessão: 40,4% das pessoas com idade entre 15 e 24 anos estavam sem emprego em fevereiro, acima dos 32% no ano passado.

Cortes

Desde maio do ano passado, o país vem implementando uma série de cortes na economia para cumprir um rígido programa de ajuste, em troca de um empréstimo de 110 bilhões de euros concedido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

As medidas incluem um corte de 15,6 bilhões de euros em gastos e outros 10 bilhões de euros em novos impostos. A maior parte do corte de gastos viria da redução dos salários no setor público, de cortes nos gastos de operação em empresas estatais e na redução dos gastos com defesa e saúde.

As medidas tomadas até agora também têm impacto sobre a enfraquecida economia grega. Após encolher 4,5% no ano passado, resultado pior do que o previsto, as expectativas de recuperação da economia em 2011 são consideradas modestas.

Manifestações

A reação dos trabalhadores gregos contra as medidas de austeridade adotadas pelo governo tem marcado o cenário político do país. Na quarta-feira (11), as duas maiores centrais do país convocaram a segunda greve deste ano.

Centenas de milhares de funcionários públicos, portuários, professores e equipes de hospitais cruzaram os braços para protestar contra as novas medidas – que devem ser apresentadas pelo governo ao Parlamento nos próximos dias. As medidas, no total de 29 bilhões de euros, prevêem cortes no orçamento e aumentos de impostos para redução do déficit público nos próximos cinco anos.

Da redação, com agências