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Trabalhadores e estudantes marcham no Chile pela educação

Trabalhadores e universitários chilenos marcharam, nesta quinta (12), pela Alameda de Santiago, na capital, em rechaço ao modelo privatizador e excludente do sistema de educação.

A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) recebeu, ontem, finalmente, a autorização das autoridades metropolitanas para avançar pela principal avenida da capital, mas apenas em um pequeno trecho. Além da passeata, a jornada nacional de protestos em defesa do ensino público inclui, nesta quinta, um ato central no Paseo Bulnes desta cidade, muito perto do Palacio de la Moneda.

Com os jovens, participarão da manifestação autoridades acadêmicas, organizações como o Colégio de Professores e a Associação Nacional de Funcionários Públicos e a Central Unitária de Trabalhadores.

O Confech espera que cerca de 15 mil pessoas estejam presentes à mobilização, que vai paralisar as atividades tanto nas universidades públicas como nas privadas e no ensino secundário.

Camila Vallejos, presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile, desqualificou opiniões dos funcionários do Ministério da Educação, que negaram que o sistema esteja em crise.

"A crise existe e é devido a um problema estrutural de um sistema baseado na lógica do mercado e que não garante a educação como um direito social e universal", disse Vallejos.

De acordo com o líder da juventude, o reitor da Universidade de Santiago, Juan Manuel Zolezzi, criticou as políticas segregacionistas associadas às instituições de ensino superior.

"Não podemos permitir que o sistema universitário discrimine os alunos por seu nível socioeconômico, nem é aceitável que entrem no sistema e, em seguida, sejam forçados a desistir devido à falta de recursos", disse Zolezzi, que, junto com outros reitores, manifestaram a sua solidariedade para com a greve de estudantes.

Fonte: Prensa Latina