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Chanceler egípcio destaca importância de reatar laços com Irã

O chanceler egípcio e recém-nomeado secretário-geral da Liga Árabe, Nabil El-Arabi, defendeu nesta sexta (20) que se restabeleçam relações diplomáticas com o Irã, ao avaliá=la como uma "política clara e definida", aprovada por esta nação árabe.

Os planos para a normalização dos laços entre o Cairo e Teerã, cortados desde o triunfo da revolução islâmica no país persa, em 1979, inseriu um novo capítulo na política externa do Egito com todas as nações, após a derrubada de Hosni Mubarak.

Assim manifestou-se El-Arabi, em declarações a um jornal italiano reproduzidas pelos meios de comunicação do governo, apenas quatro dias após ser eleito por unanimidade como novo chefe da Liga Árabe e, portanto, terminar a sua breve passagem pela chancelaria local.

O veterano diplomata disse que as autoridades que assumiram o governo provisório do Egito após a queda de Mubarak anunciaram oficialmente planos para normalizar os laços com o país asiático, em consonância com a boa vontade demonstrada pelo seu homólogo.

Há menos de uma semana, o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, reiterou a determinação de Teerã de restaurar os laços bilaterais sob novas circunstâncias.

O regime do presidente deposto, Mubarak, manteve grande subordinação aos Estados Unidos e colaboração com Israel, em detrimento dos laços com o Irã, país que Washington e Tel Aviv acusam ​​de apoiar os movimentos de resistência contra a ocupação sionista no Líbano e na Palestina.

Salehi adiantou sua intenção de visitar, num futuro próximo, essa capital árabe e sublinhou que "ambos os países têm uma posição importante no Oriente Médio, além de que a cooperação irá beneficiar a região e o mundo islâmico."

O Irã rompeu relações com o Egito em 1979, depois que assinou os acordos de paz com Israel em Camp David, além de que ofereceu asilo ao Xá da Pérsia, Mohammed Reza Pahlavi, derrubado pela revolução islâmica do mesmo ano.

Dois anos depois, o governo iraniano colocou em uma rua de Teerã o nome do islamistaque matou o então presidente egípcio, Anwar El Sadat, que assinou o armistício com o estado sionista.

Fonte: Prensa Latina