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Maluf se elege presidente do PP-SP e é assediado por PMDB e PSDB

Em meio ao rearranjo dos partidos políticos no país, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) recebeu no domingo (22) em São Paulo — na convenção que o reconduziu à presidência do Partido Progressista no estado — as visitas do vice-presidente da República, Michel Temer, também presidente nacional do PMDB, e do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).

Quarta maior agremiação política do Congresso — atrás de PT, PMDB e PSDB —, o PP de Maluf virou alvo do assédio de vários partidos. “Esse período antes de eleição é um período de namoro”, – disse Maluf, enumerando as qualidades do partido pretendido: a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados, um tempo de televisão e de rádio "bastante bom" e ainda "uma classe política muito atuante".

Mas o deputado — que responde a vários processos por corrupção e desvio de verbas públicas — deixou bem claro o requisito mais importante para conseguir namorar com o PP: “Nós, que somos do bem, faremos coligação com quem for também do bem”.

Apresentando-se como pretendente oficial, Temer fez questão de dizer que o PP é um aliado na área nacional, que ajudou a presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano passado, que tem colaborado com o governo e com quem o seu partido, o PMDB, está começando a conversar a respeito das eleições municipais de 2012. “Vamos começar a conversar. O PP é um partido que sempre colabora politicamente e administrativamente, um partido importante para qualquer tipo de aliança.”

Alckmin, que disputa a liderança nacional do PSDB com o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador paulista José Serra, sonha com um namoro que, se possível, o ajude a chegar a Brasília em 2014. “O PP tem identidade clara, propostas muito claras para o Brasil — na defesa dos empregos, dos empreendedores, da agricultura brasileira, da indústria nacional, da geração de emprego e renda. A democracia precisa de partidos com clareza de propostas. Isso é bom para o Brasil”, disse o governador.

Alckmin — que afirmou ter "a alegria" de já receber apoio do PP na Assembleia Legislativa, não quis comentar a possibilidade de fusão entre PSDB e DEM: “A gente não pode falar em fusão — seria deselegância. Tudo tem seu tempo e cada um tem seu caminho.”

Já o deputado Gabriel Chalita (PSB-SP) já foi logo apresentando seus predicados ao chegar ao lado do vice-presidente Michel Temer. “Vou me filiar ao PMDB no dia 4 de junho. A gente vai fazer uma grande festa na Assembleia, e eu sou pré-candidato a prefeito de São Paulo.”

Da Redação, com informações do O Globo