Municipários da capital reivindicam aumento de 18% nos salários
Os servidores municipais de Porto Alegre cumpriram o prometido e entraram em greve nesta segunda-feira (23). Diversos serviços estão suspensos ou trabalhando em carga reduzida na cidade. Entre os locais que aderiram ao movimento, estão a Escola Municipal Loureiro da Silva, no bairro Cristal, o posto de saúdo do bairro Bom Jesus e o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Publicado 23/05/2011 17:00 | Editado 04/03/2020 17:10
O grupo reivindica aumento de 18% nos salários, vale-alimentação de R$ 18,00 (o valor hoje é de R$ 12,00) e salário-base inicial igual ao mínimo nacional. Três mil municipários têm o básico menor do que R$ 545,00. A prefeitura apresentou proposta de reajuste de 6,51% (inflação pelo IPCA dos últimos doze meses) para os salários e vale-alimentação.
A paralisação vai atingir escolas e demais serviços, mas a categoria garante o funcionamento mínimo de 30% de setores essenciais, como a saúde, o Departamento de Municipais de Água e Esgotos (Dmae) e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
A estimativa é que professores e servidores de 90% das escolas municipais tenham paralisado as atividades. A mobilização também afetou o atendimento nas unidades de saúde mantidas pelo município. No Hospital de Pronto-Socorro (HPS), cerca de 20 servidores do pronto-atendimento paralisaram no início da manhã desta segunda. Apenas casos de emergência eram atendidos. O quadro se repete nos pronto-atendimentos da Lomba do Pinheiro e da Vila Cruzeiro. Alguns postos de saúde também estão com restrições.
A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha, afirmou que 70% dos servidores da prefeitura estão paralisados, com participação de todas as secretarias e de órgãos como Dmae e Guarda Municipal. Nesta terça-feira, a partir das 14h, os grevistas avaliam os próximos passos do movimento em assembleia geral, na Casa do Gaúcho, no Parque da Harmonia. Os municipários reivindicam reajuste salarial de 18% – 11,49% para recuperação de perdas, e itens relacionados à melhoria das condições de trabalho e valorização, incluindo a elevação do vale-alimentação de R$ 12,00 para R$ 18,00. A prefeitura oferece 9,95% de reajuste para os servidores padrões 2 e 3 – detentores dos menores salários – e de 6,51% para os demais, além de elevação do valor do vale-alimentação em R$ 0,70 e outras vantagens financeiras e sociais.
Da redação local, com agências