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"Apostamos nossas fichas no tombamento", diz dono do Belas Artes

Mesmo após o segundo adiamento da votação do tombamento do Cine Belas Artes, o sócio-proprietário do cinema, André Sturm, está otimista: "Apostamos todas as nossas fichas no tombamento", diz.

O processo entrou em pauta na reunião de hoje (24) no Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo), mas não foi votado. A abertura do processo ocorreu em janeiro.

"Já que não foi possível continuar de outro jeito, se for possível desse, é melhor do que nada", explica o proprietário. Apesar de não haver garantia de que o Belas Artes volte a operar no prédio em que funcionava, na rua da Consolação, Sturm acredita que eles têm grande possibilidade de continuar, pois são competitivos financeiramente, em relação aos demais cinemas do chamado "circuito de cinemas de arte".

Caso o tombamento não seja aprovado, o dono do Belas Artes diz que irá procurar outro lugar para o cinema.

Há duas semanas, o documento já havia entrado em pauta, mas o conselho não chegou a votá-lo e solicitou que um parecer da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano sobre o pedido fosse mandado à PGM (Procuradoria Geral do Município). O projeto pode voltar para o Conpresp para ser votado na próxima reunião do conselho, em junho.

Histórico

Localizado na esquina da rua da Consolação com a avenida Paulista, o imóvel abriga cinemas desde 1943. Com o nome Belas Artes existe desde 1967. No dia 30 de dezembro do ano passado, André Sturm recebeu uma notificação judicial para que entregasse o imóvel até fevereiro. Segundo Sturm, "o proprietário [do prédio, Flávio Maluf] disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja" no local. O fechamento da sala foi então marcado para dia 27 de janeiro deste ano, mas o cinema operou até o dia 17 de março.

Após a notícia do fim do tradicional cinema ocorreram manifestações via web e passeatas, e o pedido de tombamento foi protocolado pela organização social Via Cultural, pela Associação Paulista de Cineastas (Apaci) e pelo vereador Gilberto Natalini (PDSB).

Fonte: UOL