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Israel reforça tropas e ameaça reprimir protestos árabes

Israel reforçou nesta sexta-feira (3) a presença policial em Jerusalém e mobilizou suas tropas nas fronteiras com a Síria e o Líbano. A medida foi tomada como prevenção em relação aos protestos árabes contra a ocupação de Jerusalém em 1967.

A medida tem como objetivo impedir confrontos após as orações muçulmanas desta sexta, ainda que o próprio porta-voz da polícia em Jerusalém, Mickey Rosenfeld, tenha admitido não haver indícios de desordens.

Os palestinos e outros povos árabes comemoram em 5 de junho o 44º aniversário da guerra dos Seis Dias – entre Israel e vários países árabes – que costumam chamar de “Nakba”, e teve como resultado a ocupação de Jerusalém e Gaza.

Essa comemoração ocorre após a homenagem – em todos os dias 15 de maio – aos milhares de palestinos expulsos de seus territórios originais para criar o Estado de Israel, que definem como Nakba (catástrofe).

Segundo as autoridades sionistas, foi decidido por precaução restringir a entrada ao complexo bíblico do Santuário Nobre e do Monte do Templo na Cidade Velha de Jerusalém – considerada região de tensões nos encontros islâmicos às sextas-feiras.

O acesso foi permitido para homens maiores de 45 anos e para mulheres, uma medida muito frequente aplicada por forças de ocupação, considerada berço das religiões cristã, muçulmana e judia.

O governo de Tel Aviv também colocou em alerta suas tropas em zonas fronteiriças com a Síria e com o Líbano a fim de impedir que se repitam as marchas do último dia 15 de maio, pelos 63 anos de aniversário de Nakba.

O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que atuaria “com moderação, mas com determinação” para guardar suas fronteiras durante os protestos convocados por redes sociais da internet para esse fim de semana.

Depois da guerra de 1967, Israel incorporou as Colinas de Golã, Cisjordânia, Jerusalém, Jordânia, Faixa de Gaza e a Península do Sinai. Negociações posteriores devolveram Sinai aos egípcios e evacuaram do território palestino de Gaza em 2005.

Fonte: Prensa Latina