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Bombeiros mantêm acampamento em frente ao Legislativo fluminense

Membros do Corpo de Bombeiros do estado do Rio de Janeiro continuam acampados em frente ao prédio da Assembleia Legislativa (Alerj), pelo segundo dia consecutivo. Os militares afirmam que só deixam o local depois que suas reivindicações forem atendidas.

Os manifestantes pedem a libertação de 439 colegas presos após a invasão do quartel central da corporação, na sexta-feira (3), além do aumento de salário. Pelo menos duas viaturas da Polícia Militar acompanham a movimentação.

Ainda nesta terça-feira (7), um pedido de habeas corpus para o grupo de bombeiros presos deve ser impetrado na Justiça Militar pelos advogados das 12 associações de apoio aos militares.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Rio, a Auditoria Militar só recebeu a notificação da prisão dos bombeiros na noite de segunda-feira (6) e ainda vai avaliar os documentos com a qualificação e ocorrência dos presos.

Negociação

O governo voltou atrás e já admite negociar com os bombeiros. Em nota oficial, o estado desautorizou o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, que dissera que o canal de negociação fora fechado "por causa da invasão" no quartel central. Na segunda-feira (6), o movimento conquistou a adesão dos cariocas, que penduraram faixas em janelas e nos carros e até doaram dinheiro aos militares acampados na porta da Alerj.

Com salário inicial de R$ 4,6 mil, bombeiros do Distrito Federal ganham quase 5 vezes mais que seus pares fluminenses. E nos Estados de São Paulo e Minas Gerais o valor pago a quem ingressa na carreira — R$ 2,17 mil e R$ 2,01 mil, respectivamente — é o dobro do que recebe o bombeiro no Rio.

A manifestação da categoria reivindica aumento do soldo para R$ 2 mil — hoje o salário bruto é pouco mais de R$ 1 mil, e o líquido é R$ 950. Mesmo com o aumento, o salário dos militares, ao fim do governo, será inferior ao praticado em Sergipe, que é de R$ 3 mil.

Fonte: Terra