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Brasil apresenta sua experiência sobre aids na reunião da ONU

Os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e da Saúde, Alexandre Padilha, presidem a delegação brasileira na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre aids. No momento em que se completa 30 anos da descoberta do HIV, a Reunião de Alto Nível, que começou nesta quarta-feira (8), na sede da ONU em Nova York, e prossegue até sexta-feira (10), reunirá autoridades governamentais e especialistas para avaliar as estratégias de prevenção e combate à enfermidade.

Mais de 30 chefes de Estado, de governo e vice-presidentes pretendem atualizar as diretrizes para uma resposta mundial de prevenção da aids. A declaração final do encontro apresentará questões como prevenção, acesso a medicamentos, transferência de tecnologia e financiamento.

“Percorremos um longo caminho ao momento atual, no qual os portadores do vírus com acesso a tratamentos adequados têm qualidade de vida e longevidade preservadas. Levaremos à conferência nossa parceria com a sociedade na elaboração das estratégias de combate à aids”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.

Ele lembra que o país é referência internacional no combate à doença. Há 20 anos, quando foram descobertas as primeiras drogas, o país iniciou a oferta do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há 15 anos o serviço é universal, beneficiando, hoje, 210 mil brasileiros.

O Brasil mostrará os resultados de políticas pioneiras que asseguram o acesso universal e gratuito ao tratamento antirretroviral, além de um conjunto de medidas que reduziram de forma significativa a incidência da doença no país.

E também destacará suas experiências de cooperação no âmbito regional e outros países, especialmente como Haiti e em nações africanas, a quem oferece métodos eficazes de lidar com os desafios vinculados à aids.

Um dos mais recentes avanços na cooperação internacional do Brasil foi a sanção da lei que estabelece a doação, pelo governo federal, de US$ 2 por brasileiro que viajar ao exterior. Os recursos serão convertidos em medicamentos para as populações que não tem acesso ao tratamento.

A reunião dos representantes dos Estados-membros da Assembleia Geral da ONU vai tratar do enfrentamento ao HIV e aids, com base nos compromissos selados na primeira reunião, em 2006. A meta – o acesso universal para a prevenção, o tratamento e a atenção ao agravo – foi pactuada em Sessão Especial em 2001. Denominada como United Nations General Assembly on HIV/AIDS (UNGASS), a sessão buscou ir de encontro à crise global em que havia se transformado a aids desde o início da década de 1980.

De Brasília
Com agências