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Vaias e votos recepcionam Obama em Porto Rico

Barack Obama chegou a Porto Rico nesta terça (14) para cumprir uma rápida agenda de cinco horas, que visa reunir fundos para campanha de reeleição. Precisou encarar os protestos anticolonialistas, que começaram na segunda. Os manifestantes não querem, como os Estados Unidos propõem, discutir o seu futuro político como estado associado: eles querem a liberdade.

Há 50 anos, nenhum presidente norte-americano visita Porto Rico, o 51º Estado da União. A quebra do jejum não foi recebida com bons olhos, porque a missão oficial objetiva cumprir uma pauta muito específica, a de reunir fundos para a reeleição presidencial.

Para Obama, a ida a Porto Rico atende a uma promessa de campanha eleitoral, argumento irrelevante considerando-se que “quase quatro milhões de portorriquenhos não votam nas presidenciais dos EUA", declarou Edwin Gonzalez, chefe da Missão de Porto Rico, à Prensa Latina.

Gonzalez enfatiza: "O governo dos EUA é o principal responsável pela dominação colonial de Porto Rico há 113 anos.

Pauta do dia

No primeiro discurso em solo, Obama falou sobre os símbolos norte-americanos, ressaltando que o espírito nacionalista vem crescendo na ilha. Também reconheceu os protestos.

A grande expectativa dos manifestantes em relação à visita é que, finalmente, seja colocado em discussão o futuro estatuto político da ilha, que é um Estado Livre Associado dos Estados Unidos desde 1952. Sobre esse assunto, até agora, Obama tem mantido uma postura neutra.

A Casa Branca tem motivação diferente: mostrar à população da colônia mais antiga do mundo que a viagem da comitiva presidencial se insere nos esforços do governo para melhorar a situação econômica na ilha, onde a taxa de desemprego supera os 16%, muito acima da média norte-americana, de 9,1%.

Redação com agências