Sem categoria

Conflitos na Líbia e na Síria são "diferentes", diz Patriota

As tensões na Líbia e na Síria devem ser tratadas de formas distintas pelo Brasil, segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Patriota alega que os dois países enfrentam uma "escalada de violência", mas enquanto a Síria aceita dialogar, a Líbia não.

“O que percebemos foi um aumento das ações de violência [envolvendo os conflitos entre os amotinados e o exército líbio]”, disse o chanceler durante audiência pública nesta quarta-feira (15), na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Na Síria, manifestantes exigem a renúncia do presidente e eleições imediatas, enquanto o governo do país denuncia agentes estrangeiros como principais insufladores da revolta.

Para o chanceler, em breve, a situação da Líbia vai ser discutida no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O imperialismo defende a adoção de mais sanções contra o país para derrubar al Assad e conseguir a realização de "eleições gerais", onde teriam chances de colocar no poder mais um aliado incondicional.

No caso da Líbia, onde desde março há uma área de exclusão aérea, Patriota acredita que não há sinalização das autoridades líbias em buscar um acordo, embora recentes visitas de líderes estrangeiros, como Jacob Zuma, ao país tenham demonstrado o contrário.

As contas bancárias líbias no exterior foram congeladas pelo bloqueio promovido pelos EUA e aliados. A agressão militar, que de início seria apenas para manter o espaço aéreo líbio livre de aviões do próprio país, já ingressou na fase de bombardeios desmedidos contra alvos civis e militars, à semelhança da operação contra o Iraque ocorrida na década de 1990.

As forças da Otan, lideradas pelos Estados Unidos, assassinaram mais de 300 civis nos bombardeios, segundo agências ocidentais, até meados de junho.

Com agências