Ideli vai à Câmara para reforçar relações com a base aliada

A postura de Ideli é uma resposta do governo às críticas que vinham sendo feitas pelos partidos aliados em relação à dificuldade de dialogo durante a gestão do ex-ministro Luiz Sérgio. Terça-feira (14), em seu primeiro dia oficial de trabalho à frente da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli teve encontros com lideranças partidárias em seu gabinete e almoçou com a presidenta Dilma Rousseff e parlamentares do PR. Além disso, ela se encontrou com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e senadores de outros partidos.

“Vim estabelecer principalmente a rotina da minha presença e da minha relação permanente com a Câmara. É fundamental que isso fique estabelecido. Coloquei ao presidente Marco Maia que vou estar muito presente na Câmara. O primeiro compromisso é este, o da presença, de relação permanente”, afirmou a ministra.

O primeiro desafio de Ideli será a votação da emenda que estabelece o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, que serão incluídas na Medida Provisória (MP) nº 527. Maia afirmou que colocará a MP em votação hoje.

“Há necessidade de que o Regime Diferenciado de Contratação, sem abrir mão da fiscalização e responsabilidade nas obras, seja votado rapidamente para podermos acelerar as obras da Copa. É uma angustia de todos os brasileiros”, disse Ideli.

A ministra, no entanto, não garantiu a liberação das emendas paramentares, uma das principais reivindicações dos parlamentares. Ela afirmou que “o desejo é sempre muito maior do que a possibilidade”, mas prometeu analisar os pedidos com “muito cuidado”.

“Vamos olhar com muito cuidado os pleitos que as bancada e os líderes estão apresentando” disse a ministra. Segundo ela, o governo e os partidos da base estão comprometidos com a redução da inflação, o crescimento e geração dos empregos e o rigor nas medidas econômicas adotadas, que já estão surtindo efeito. “Isso não pode ser modificado porque este é o ano em que temos que ser responsáveis com o equilíbrio fiscal, com o controle da inflação e crescimento com distribuição de renda.”

Em relação à votação da Emenda 29, que aumenta o repasse de recursos para a área da saúde, Ideli afirmou que será necessário retomar o diálogo, mas que isso pode ocorrer rapidamente. "Ainda teremos um processo de conversação, que acredito que possa ser desencadeado logo."

Fonte: Agência Brasil