Médicos: Prefeitura adia para 2012 negociação de salário base

Os médicos do município de Fortaleza, reunidos em assembleia geral na noite da última terça-feira (14/06), demonstraram total insatisfação com a falta de uma contraproposta da Prefeitura em relação ao aumento do salário base da categoria, que luta pela implantação do piso salarial da FENAM, hoje no valor de R$ 9.188,22 por 20 horas semanais.

Eles reconhecem que houve avanços nas negociações e várias conquistas, principalmente em relação às reivindicações por melhoria de condições de trabalho e pela promessa de implantação imediata de gratificações pendentes. No entanto, os médicos afirmam que não podem esperar para janeiro de 2012, como quer a Prefeitura, para começar a negociar um aumento para o salário base. Eles consideram também que os problemas que envolvem o pessoal do Programa de Saúde da Família não foram bem esclarecidos. "Não podemos deixar de lado os médicos do PSF, que já foram muito prejudicados, sob penas de comprometermos toda a nossa luta", afirmaram.

O presidente do Sindicato dos Médicos, José Maria Pontes, e o presidente da FENAM Nordeste, Tarcísio Dias, estiveram em audiência com o secretário de Administração do Município, Waumik Pontes, na tarde da terça-feira, negociando as reivindicações dos médicos. A Prefeitura prometeu implantar, imediatamente, todas as gratificações garantidas por lei aos médicos, realizar o pagamento das gratificações já implantadas e não pagas, retroativamente, em cinco parcelas, e que a partir do mês de julho o pagamento das gratificações deverão incidir em 90% sobre o vencimento básico, passando em novembro a 100%.

A Prefeitura de Fortaleza prometeu também concluir, até o final do ano, as obras de reforma dos Frotinhas de Parangaba e da Barra do Ceará e do Hospital Nossa Senhora de Fátima; realizar eleição direta para o cargo de Diretor Clínico dos hospitais; colocar um médico na direção técnica dos hospitais municipais, conforme determina a legislação federal; realizar concurso público para ocupação de 200 vagas; garantir medicamentos e exames complementares necessários para o funcionamento satisfatório da rede municipal de saúde.

Os médicos presentes na assembleia reconhecem as conquistas, apesar de ainda serem promessas, mas afirmam que a questão do pessoal do PSF e a falta de definição de um percentual de aumento do salário base não podem ficar para o próximo ano. "A nossa luta é pela valorização do trabalho médico e isso passa por uma remuneração justa", afirmaram.

No final da assembleia foi formada uma comissão de médicos para, junto com o presidente do SIMEC, José Maria Pontes, participar das negociações com o secretário de Administração, que por telefone marcou uma próxima audiência para o dia 28 de junho, às 15h. No mesmo dia a noite, com início previsto para as 19hs, no auditório do CREMEC, será realizada nova assembleia da categoria.

Fonte: SIMEC