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“Ainda teremos Chávez por muito tempo”, anuncia vice-presidente

A doença de Hugo Chávez é explorada de uma forma mórbida pelas forças de direita, na Venezuela e no mundo, com respaldo da mídia hegemônica, que semeia boatos e análises fantasiosas sobre o fato. O objetivo é disseminar confusão e criar um clima propício ao golpismo, que se insinuou em abril 2002 mas foi derrotado pelo povo.

Autoridades do governo da Venezuela reagiram desmentindo a onda de rumores relacionadas com uma suposta piora no estado de saúde do presidente venezuelano – internado em Cuba há duas semanas – ao reiterar que Chávez "se recupera bem".

Direita louca

"A direita nacional e internacional anda enlouquecida (…), inclusive falando da morte do presidente. Andam como (no golpe) em 11 de abril de 2002", afirmou no sábado o vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, rebatendo rumores de que a saúde do presidente teria piorado.

Jaua reiterou que Chávez continua no comando da Presidência e se mantém informado sobre tudo o que acontece no país.

"Recordemos que para todo 11 tem um 13 de abril (quando Chávez retomou o poder). Ainda teremos Chávez por muito tempo."

O vice-presidente Jaua está à frente do governo desde que Chávez teve de ser submetido a uma cirurgia de emergência, em Cuba, devido a um abscesso na região pélvica.

A doença tem sido explorada de forma sórdida pela mídia imperialista. No sábado, o jornal El Nuevo Herald, de Miami, publicou uma reportagem afirmando que o estado de saúde de Chávez "é considerado crítico" e insinuou que o presidente venezuelano estaria com câncer de próstata.

"O único que sofreu metástase foi o câncer do @MiamiHerald no resto da imprensa de direita", rebateu o vice-chanceler venezuelano Temir Porras, em seu perfil no Twitter. "O presidente Chávez se recupera bem da cirurgia. Que os inimigos deixem de sonhar e que os amigos deixem o nervosismo", escreveu Porras.

Declarações do chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, na noite do sábado, contribuíram para ampliar preocupações e dúvidas. Maduro disse que Chávez está travando uma "grande batalha" por sua saúde.

"A batalha que o presidente Chávez está enfrentando por sua saúde deve ser uma batalha de todos, uma batalha pela vida, pelo futuro imediato de nossa pátria", disse Maduro. "O que nos resta é ficar ao lado do presidente ", afirmou o chanceler, que acompanhava Chávez na visita a Havana quando o mandatário teve de ser operado às pressas.

Depois de 12 dias de silêncio, Chávez voltou a utilizar o seu perfil no Twitter. Na sexta-feira, ele enviou mensagens aos venezuelanos. No sábado, o presidente venezuelano comentou no microblog que sua filha mais nova e três netos foram visitá-lo em Cuba. "Chegaram Rosinés e meus netos Gaby, Manuelito e El Gallito para me visitar. Ah, que felicidade receber este banho de amor!", escreveu.

Desde a cirurgia, Chávez não voltou a aparecer em público. Com exceção do Twitter, a última comunicação do presidente com a população ocorreu via telefônica, dias após a cirurgia, durante uma breve intervenção em um programa do canal de TV estatal.

Com agências