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Partido Comunista paraguaio defende reeleição

O Partido Comunista do Paraguai (PCP) se pronunciou nesta segunda-feira (27) a favor do direito à iniciativa popular e à reeleição como figuras totalmente democráticas.

A organização política expressou em um comunicado que a proposta de reeleição presidencial, promovida por meio de iniciativa popular pela Frente Guasu, "é uma ferramenta politicamente democrática e constitucionalmente válida".

A Frente, integrada por partidos progressistas, decidiu, em 20 de abril, apoiar esta iniciativa, no marco do terceiro aniversário do triunfo eleitoral da Aliança Patriótica pela Mudança.

Esta formação política de partidos e movimentos conduziu à vitória do então bispo Fernando Lugo nas eleições de 2008, que pôs fim a seis décadas de governos colorados.

O texto do partido ressalta que se a proposta for aprovada pelo Congresso, deve-se chamar a votação do referendo "para que, da maneira mais participativa possível, seja decidido se a maioria dos paraguaios" estão de acordo com a reeleição presidencial.

A força política reconhece que a iniciativa popular e o referendo são formas legais "para exercer responsavelmente nossos direitos" e o papel de " uma democracia que, além de converter-se em verdadeiramente representativa, deve ser cada vez mais participativa e pluralista".

O Partido Comunista avalia que a figura da reeleição não é autoritária quando respeita a vontade popular e reconhece que, depois de 1989, "as eleições seguem sofrendo de graves vícios como a compra de votos".

Reeleição fortalece democracia

O PCP destaca, ainda, que a figura da reeleição é um subsídio à democracia de um país, ao permitir que o povo possa renovar mandatos de pessoas que representem a unidade popular requerida para a continuidade e aprofundamento de um processo.

Ambos –enfatiza o partido, referindo-se à reeleição e à inciiativa popular – necessários para promover "mudanças políticas, sociais e econômicas em favor da inclusão e a melhoria da qualidade de vida da maioria dos que habitam nosso país".

O documento afirma que o autoritário e ditatorial está em fechar as vias para que o povo decida.

É uma loucura e um grande engano pretender que a participação protagonista de um povo neste tipo de decisão traga por detrás a instalação de uma ditadura, sublinha o PCP.

Nesta segunda-feira (27) seriam entregues as atas com as 90 mil assinaturas que, segundo os promotores, conseguiram acumular por todo o país para promover esta iniciativa,e depois ocorreria um massivo ato político cultural em frente ao Parlamento.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone