Congresso da UEB mobiliza estudantes de toda a Bahia

“Escolhemos o tema “Uma nova educação para um novo 2 de Julho”, para tentar dialogar com o significado desta data na Bahia. Porque a gente acredita que pautando uma nova educação, a gente consegue pensar uma nova independência para a Bahia e o Brasil de modo geral”, disse o presidente da UEB, Vladimir Meira.

Meira explicou ainda que os debates do Congresso vão estar completamente vinculados com o debate do segundo Plano Nacional de Educação, que está em debate no Congresso Nacional. “A ideia é fazer do Congresso da UEB um espaço de formulação dentro do PNE no estado da Bahia, tentando focar mais as universidades baianas, principalmente as universidades estaduais”, acrescentou.

Esta, porém, não será a única pauta do Congresso, que vai discutir todas as questões dos estudantes universitários da Bahia, como assistência estudantil, investimentos em pesquisas, além das causas específicas como a questão de gênero, de raça, da homofobia. “Vamos discutir tudo isso para na plenária final aprovarmos resoluções amplas, que orientem a gestão da entidade nos próximos dois anos”, afirmou Meira.

O Congresso da UEB é a etapa estadual do congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e o processo de mobilização começou desde abril, com a eleição de delegados por universidades. “E este ano, nós conseguimos atingir quase a totalidade das universidades da Bahia e com certeza, um número muito maior de entidades do que nas edições anteriores. Isso dá para a gente uma nova dimensão da UEB nos quatro cantos do estado e amplia o leque de presença de correntes de opinião dentro da entidade. Foi um processo muito rico e muito dinâmico de inserir a entidade nas universidades da Bahia. Este era um desafio nosso, que conseguimos realizar até o final de processo de mobilização para o congresso”, ressaltou o presidente da UEB.

Com o sucesso da mobilização, crescem também as expectativas sobre o resultado dos debates. “A gente fez uma gestão muito voltada para discutir as questões das universidades estaduais. Então, achamos que o Congresso vai refletir muito o momento vivido por estas universidades que estão saindo de um processo de greve de professores, além de um debate sobre o sucateamento e a qualidade do ensino nas universidades privadas, já que a nossa mobilização atingiu um grande número de instituições particulares. Acho que os debates serão muito ricos, pois diversas correntes de opinião vão participar deste Congresso e com certeza a UEB vai sair bastante fortalecida do evento”, concluiu Vladimir Meira.

De Salvador,
Eliane Costa