Depois de reforma, Theatro 4 de setembro reabre na próxima semana

Foram três meses de uma reforma considerada pelos arquitetos da Coordenação de Registro e Patrimônio como concluída em tempo recorde pela complexidade envolvida. Para a presidente da FUNDAC, Bid Lima, entregar o Teatro 4 de Setembro nesse curto período de tempo, é uma honra e ao mesmo tempo uma grande alegria. “Desde 2008, toda a classe artística e o público do Piauí esperavam essa reforma, já que o Teatro funcionava parcialmente interditado, com apenas 360 lugares. O Piauí deixou de receber grandes espetáculos, devido a essa limitação e às condições precárias de iluminação”, observa, acrescentando que o Teatro 4 de Setembro reabre com iluminação de última geração.

Entregue na plenitude de seus 590 lugares, o Teatro agora está plenamente adaptado às normas de acessibilidade e segurança estipuladas pelo Ministério Público e Corpo de Bombeiros. As principais modificações, além de adaptação de banheiros, rampas e portas para o pleno acesso de pessoas com deficiência, foram a criação da casa de bombas, com toda a estrutura de combate a incêndios, e da casa de gerador.

Detectores de fumaça, lâmpadas e saídas de emergência sinalizadas, extintores, portas corta-fogo (que abrem automaticamente para fora), poltronas e carpetes anti-incêndio são algumas das medidas adotadas em conformidade com a orientação do Corpo de Bombeiros. “Durante a obra, o coronel Veloso esteve conosco diariamente nos orientando, repassando detalhes legais que depois passarão por controle e aprovação”, explica o arquiteto Alexandre Filho, sobre a parceria com os Bombeiros para a adequação do Teatro às normas de segurança.

Além disso, o Teatro 4 de Setembro ganhou um novo camarim, impermeabilização de paredes, nova pintura e uma sala de imprensa. Os banheiros adaptados contam com altura de bancada, sanitários e abertura de portas conforme estabelecem as normas da ABNT e rampas foram colocadas ao longo de toda a estrutura, inclusive com acesso ao palco.

A arquiteta da FUNDAC, Patrícia Mendes, explica que a obra contou com mão-de-obra especializada em prédios tombados e com um estudo minucioso sobre o posicionamento de cada estrutura de combate a incêndio, desde a casa de bombas, hidrantes e tubulações. “São paredes de um metro de espessura, sem vigamentos e construída tijolo sobre tijolo”, aponta especificando o trabalho envolvido.

“São mudanças que a maioria das pessoas não percebe, mas que tornam o Teatro muito mais seguro e acessível”, diz Patrícia Mendes, lembrando que os equipamentos da casa de gerador são de última geração, acionados automaticamente diante da falta de energia e se desconectar assim que o fornecimento for restabelecido.

A capacidade do gerador é suficiente para iluminar uma cidade como Campo Maior ou Piripiri, muito acima da demanda normal para o Teatro 4 de Setembro. Já a cisterna para bombeamento de água em caso de incêndio tem capacidade para bombear até 22 mil litros de água para os hidrantes, espalhados pelos três pisos do teatro.