Lançada no Ceará a Frente em Defesa do SUS e Contra a MP 520

Ampla participação de movimentos sociais e sindicatos marcou o lançamento da Frente na quarta-feira, 29/06, na Assembleia Legislativa. Entidades voltam a se reunir no MOVA-SE, dia 7/7, às 18 horas, para discutir propostas para as Conferências de Saúde.

Entre os objetivos da Frente, o de pressionar o Poder Público pela não-privatização dos hospitais universitários.A unificação dos movimentos na defesa do SUS como patrimônio da humanidade é um dos objetivos da Frente. "A Frente se constitui como instrumento de mobilização, na defesa do SUS e contra a privatização", afirma a representante da coordenação da Frente, Eliane Almeida, que coordenou a mesa de lançamento.

A iniciativa é de profissionais de saúde (médicos, odontólogos e assistentes sociais) representados por seus respectivos sindicatos, além do MOVA-SE, CA de Medicina da UFC e outras 11 entidades, apoiadas pela CUT-CE e mais duas centrais sindicais.

A Frente tem, entre os objetivos, o de pressionar o Poder Público pela não-privatização dos hospitais universitários. O presidente do Sindicato dos Médicos (Simec), José Maria Pontes. diz que é fundamental a defesa do SUS, considerado por ele “a melhor e maior política pública do País”. “Estão sucateando o SUS para privatizar”, destacou, acrescentando a necessidade de investimento.

O presidente do Simec afirmou que a privatização é inconstitucional por ferir a lei 8.080/1990 e violar o princípio da moralidade, e fez críticas contundentes à MP 520/2010, em tramitação no Senado, que cria uma empresa para gerenciar os hospitais universitários.

Pontes ressaltou que, com a parceria privada, os hospitais vão ter metas a cumprir a fim de obterem lucros satisfatórios. “Estão entregando a fatia do bolo para as Organizações Sociais (OS) e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). A população e as entidades não podem se omitir e permitir que isso aconteça com a nossa saúde pública”, ressaltou, citando que o Hospital do Cariri é gerido por uma OS.

Cláudio Ferreira, presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado do Ceará (Sindiodonto), encorajou as entidades a se envolverem nessa luta contra a “mercantilização da saúde”, em que prevalecem “os interesses dos patrões”. “Temos que nos unir contra os interesses do capital ou então os direitos dos cidadãos vão ser tomados”.

O ato contou ainda com a participação de representantes da CUT-CE, Central de Movimentos Populares (CMP), Mova-se, Centro Acadêmico 12 de Maio, Sindissaúde, Conselho Municipál de Saúde, Intersindical, CTB, entre outras entidades.

Fonte: MOVA-SE