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No México, sociedade questiona desaparecimento de ativistas

Representantes do Movimento pela Paz com Justiça e Dignidade chegaram nesta quinta-feira (7) à cidade de Monterrey, no México, para questionar o desaparecimento de nove ativistas mexicanos vítimas da violência – causada pelo narcotráfico e o crime organizado no país – na Procuradoria Geral de Justiça.

De acordo com o poeta e líder do grupo da sociedade civil mexicana, Javier Sicilia, esta postura é parte das ações para dar sequência aos acordos do recente diálogo realizado entre o movimento e o presidente mexicano, Felipe Calderón.

“Ao longo da história, percebemos que existem acordos não cumpridos por falta de pressão popular, e acabam se perdendo”, afirmou o líder logo após se encontrar com a alta comissionada das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

Sicilia considerou positiva a reunião, na qual foi apresentada à embaixadora da ONU um panorama verídico da atual situação da violência no México. Entretanto, o movimento não deverá se reunir com a Conferência Nacional de Governadores, já que o convite foi feito apenas pelos meios de comunicação, e não de maneira formal.

Durante o encontro, foram anunciados também avanços para o próximo encontro com o Poder Legislativo. Entre os temas que serão abordados com os legisladores, ganham destaque a revisão das leis que protegem as vítimas dos conflitos no país e aspectos da segurança nacional. Além disso, propõe-se ainda uma reforma política para incluir mais instrumentos que possibilitem aos cidadãos pressionar governantes a cumprirem suas promessas.

Sicilia adiantou que os ativistas já estão trabalhando na organização de manifestações e paralisações da nova Caravana pela Paz – desta vez até a fronteira sul do país – com o fim previsto somente para setembro, quando deverá ocorrer um segundo diálogo com o presidente mexicano.

Fonte: Prensa Latina