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Ao menos 36 pessoas morrem vítimas de violência no Paquistão

Pelo menos 36 pessoas morreram desde esta quinta-feira em uma onda de violência armada que está sendo registrada na cidade de Karachi, a capital financeira do Paquistão, informou nesta sexta-feira (8) à Agência Efe uma fonte da Polícia.

Os principais estabelecimentos fecharam suas portas e os ônibus não circulam pela cidade depois que foi multiplicado o número de assassinatos nos últimos dias, segundo a fonte.

Os tiroteios continuam na capital da província de Sindh, que se transformou em um campo de batalha não só entre grupos étnicos rivais, mas entre membros da própria comunidade.

O canal "Express" elevou para aproximadamente 90 o número de mortos em Karachi durante os últimos quatro dias. Foram registrados ataques contra ônibus e imóveis e confrontos armados, sobretudo nos bairros de Orangi, Kasba e Banaras.

Em Orangi e seus arredores vive a etnia pashtun, uma comunidade que tem uma presença cada vez mais forte em Karachi, tradicional reduto dos mohayires, imigrantes que chegaram da Índia ao Paquistão após a partilha em 1947.

Em Karachi são frequentes os chamados assassinatos seletivos, termo com o qual as autoridades se referem às mortes de cidadãos – em algumas ocasiões políticos, ativistas ou simples militantes de partidos – por grupos criminosos.

A fonte, no entanto, destacou que a maioria dos fatos dos últimos dias não tem razões étnico-políticas. O ministro de Interior paquistanês, Rehman Malik, assegurou que mil membros da guarda de fronteiras serão desdobrados na cidade para manter a ordem, segundo a agência estatal "APP".

Fonte: Efe