Duas chapas disputam Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas

As eleições, para o mandato 2012-2014, serão realizadas entre os dias 12 e 15 de julho. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região representa aproximadamente 45 mil trabalhadores das cidades de Campinas, Indaiatuba, Valinhos, Americana, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor, Sumaré e Paulínia. Metade deles está habilitada a votar. A base abrange mais de 3.500 empresas do Grupo 5 (Autopeças), Grupo 9 (Máquinas e Eletroeletrônicos), Grupo 10, Fundição e Montadoras.

A Chapa 01 representa a situação e está no Sindicato desde 1984. Atualmente, este grupo é composto majoritariamente por membros da Alternativa Sindical Socialista (ASS). Até a gestão passada, outras correntes políticas participavam da direção do Sindicato, mas na convenção para definição da chapa que concorreu ao comando da entidade no período 2008-2011, os demais grupos foram excluídos. Essa é uma crítica que o coletivo de Metalúrgicos e Metalúrgicas da CSP-Conlutas faz à ASS. Em boletim distribuído à categoria, afirmam que “infelizmente, os companheiros da ASS-Intersindical excluíram das convenções as demais correntes combativas da categoria, como nós da CSP-Conlutras. Assim, priorizam a construção da uma corrente não a unidade para lutar pelos interesses dos trabalhadores, transformando as convenções em fóruns exclusivos da ASS-Intersindical".

A Chapa 2, de oposição, engloba correntes sindicais distintas e também trabalhadores que não participam de nenhuma corrente – os independentes. A Intersindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) são dois dos grupos com representantes na Chapa 2. Eles estão distribuídos nas várias cidades da base e em diversas empresas. Segundo Lourenço, trabalhador da Gevisa (fabricante de motores elétricos industriais) e candidato pela Chapa 2, “é grande a possibilidade de obtermos um resultado satisfatório, pois há um forte descontentamento na categoria”.

Serão 70 urnas, instaladas na sede e subsedes do Sindicato, em algumas empresas e também urnas itinerantes. Podem votar trabalhadores e trabalhadoras com mais de 90 dias de sindicalização, demitidos há menos de um ano, afastados e aposentados.

De Campinas,
Agildo Nogueira Junior