Comitiva de Uberaba encontra-se com Aldo Rebelo em Campo Florido
Após a aprovação do Código Florestal na Câmara dos Deputados, a rotina de viagens do deputado comunista Aldo Rebelo tem sido a mesma. Em viagens pelo interior do país é recebido como um deus pelos agricultores. Não foi diferente na sua visita que fez no Triângulo Mineiro na semana passada, para participar III Cana Campo.
Publicado 12/07/2011 11:25 | Editado 04/03/2020 16:50

O evento é uma parceira da Emater-MG e Cooperativa dos Empresários Rurais do Triângulo Mineiro. O objetivo é mostrar as novas tecnologias da cultura da cana-de-açúcar. Estiveram presentes na mesa de abertura o Presidente Cana Campo, Nelson Krastel, o Prefeito de Campo Florido Ademir Ferreira de Melo, o Deputado Marcos Montes, Deputado Paulo Piau entre produtores de Cana.
Uma comitiva de políticos da cidade de Uberaba se dirigiu ao evento, a convite do próprio Aldo Rebelo. Foi coordenada pelo deputado federal Paulo Piau (PMDB) e participaram o vereador Lourival dos Santos (PCdoB), o Presidente do PCdoB Wellington Félix – Zuzu e a secretária de organização Sumayra Oliveira.
O evento
Foi apresentado o vídeo institucional com dados que apontam Minas Gerais como o segundo maior produtor de cana de açúcar do país. A safra que está sendo colhida deve alcançar 57 milhões de toneladas. A previsão é de colher dois milhões de toneladas a mais do que na safra passada. Os preços pagos aos produtores estão garantindo renda e eles acreditam que a estabilidade veio com o aumento na produção de açúcar, produto bem cotado no mercado internacional.
No Triângulo Mineiro, os 58 produtores que fazem parte da Associação dos Fornecedores de Cana de Açúcar de Campo Florido (Cana Campo) contam com 16 frentes de trabalho e maquinário próprio. A colheita mecanizada já é feita em 95% da área. Representando um novo ciclo de mercado, e o setor foi contemplado no plano de safra com linhas de crédito para renovar o canavial.
Djama Santos
Aldo Rabelo muito descontraído disse ao plenário a razão pela qual estava no evento: “Quando era menino um grupo de jovens elevou o nome pelo esporte, foi à conquista da copa do mundo de 1958, como diz o escritor eliminou o complexo de vira-lata do Brasil, entre esses jovens estava Djama Santos, um mestre e jogador também do Palmeiras”. Ao final do evento recebeu das mãos de Djama Santos uma camisa oficial da década de 50 do Palmeiras, autografada pelo jogador.
“Nas questões do meio ambiente tem muita gente justa e honrada que mobiliza, mas tem gente que manipula, por exemplo, as questões das margens ciliares, na Europa são de Uva e nos Estados Unidos de milho, e o Greenpeace não diz nada por lá,” disse Rebelo.
Para Aldo Rebelo, a saída do homem do campo é provocada pelos altos custos de produção e de vida, “sua renda média é de dois salários mínimos, não há futuro, não há estudo não há renda. Como podem transformar essas pessoas em inimigas do meio Ambiente? Na cidade o homem convive com poluição, com madeira em restaurantes sem certificação, mas o homem do campo é para algumas pessoas da cidade o inimigo da meio ambiente!”
Aldo citou um estudo recente lançado nos Estados Unidos “Fazenda aqui Floresta lá”, patrocinado pela organização National Farmers Union (União Nacional de Fazendeiros). “O texto defende com todas as letras que o certo é o Brasil conservar as florestas, enquanto os EUA têm de cuidar da produção agrícola. O estudo tem um subtítulo: “O desmatamento tropical e a competitividade da agricultura e da madeira americanas. O pano de fundo é manter as reservas e os limites agrícolas.”
“ A china acabou com era de produção de bugiganga seus produtos tem alto valor agregado. Aqui no Brasil o que está segurando a onda é a Agricultura, protegendo os salários dos trabalhadores da inflação.” Afirmou Aldo e lembrou que o subsídio europeu na África quebrou a agricultura desse país e hoje a Europa envia seus aviões da cruz vermelha com comida para matar a fome dos africanos, como se não tivessem culpa. Faz um alerta da necessidade de proteger a produção de alimentos no Brasil e as reversas agrícolas.
De Uberaba,
Sumayra Oliveira