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Equipe de transição de Humala vê risco de recessão no Peru

A equipe de transição econômica do governo do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, responsabilizou o atual governo de Alan García pelo "esfriamento" da economia e advertiu que o país poderá enfrentar uma recessão.

O chefe do plano de governo da aliança Ganha Peru que elegeu Humala, o economista Félix Jiménez, afirmou que "a razão dessa desaceleração da taxa de crescimento do PIB é bem conhecida: o Decreto de Urgência 012, com o qual se deveria gerar cerca de 4% de superávit de crescimento no primeiro trimestre mas o freio foi tão grande que gerou superávit de 5%"

Segundo Jiménez, o maior freio, no entanto, se concentrou principalmente nos gastos com investimentos públicos, "a ponto do governo nacional ter consumido apenas 34% do orçamento previsto".

O economista ainda declarou que a essas medidas se somaram as críticas de funcionários públicos ao projeto da coalizão, criando assim um clima de desconfiança entre os investidores.

Por sua vez, o porta-voz da aliança e ex-presidente do Banco Central, o economista Óscar Dancourt, disse que "o ministro da Economia trocou os pés pelas mãos e reduziu a inversão mais do que deveria". "No final do ano passado, crescíamos a um ritmo de 10% do PIB anual e agora estamos crescendo 4% ou 5% ao ano. É evidente que há um esfriamento ou um freio", argumentou.

Em abril, o PIB peruano cresceu 7,35%, segundo as cifras oficiais. Mas a previsão é de que o aumento não passe de 6% ao final de 2011. Humala irá assumir a Presidência no dia 28 de julho, em uma cerimônia em Lima, capital do país, que contará com a presença, entre outros, do presidente do Equador, Rafael Correa

Fonte: Ansa